Prédio residencial sendo construído em São Paulo (Marcos Issa/Bloomberg News)
Da Redação
Publicado em 23 de junho de 2014 às 10h13.
São Paulo - Puxado pelo alívio nos preços de tarifas de energia, o grupo Habitação desacelerou a 0,46% na terceira quadrissemana de junho, após elevação de 0,54%, permitindo arrefecimento do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), para 0,34% (ante 0,36%).
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira, 23, pela Fundação Getúlio Vargas (FGV).
A variação do item tarifa de eletricidade residencial diminuiu significativamente, ao sair de 0,89% para 0,09% na terceira quadrissemana (últimos 30 dias terminados no domingo, 22).
Já a classe de despesa de alimentos (de 0,06% para 0,05%) foi puxada pela desaceleração da taxa de panificados e biscoitos (de 0,89% para 0,55%), enquanto o conjunto de preços de Transportes (de 0,19% para 0,12%) foi influenciado pela deflação de 0,41% em automóvel novo, depois de um recuo de 0,31%.
Em Educação, Leitura e Recreação (de 0,64% para 0,58%), a FGV destacou a alta menos intensa de show musical, de 0,91% ante 1,64% na segunda quadrissemana de junho.
Em relação ao grupo Despesas Diversas (de 1,06% para 0,84%), a variação do item jogo lotérico, de 5,72% (de 8,31%), motivou a desaceleração, enquanto a elevação menor de pacotes de telefonia fixa e internet (de 0,42% para 0,11%) levaram o conjunto de preços de Comunicação para um aumento de 0,15%, depois de 0,20%.
Principais influências
As maiores variações foram registradas em refeições em bares e restaurantes (de 0,65% para 0,79%); hotel (de 4,13% para 5,90%), num sinal de que os efeitos da Copa do Mundo já podem estar aparecendo na inflação.
Na sequência aparecem plano e seguro de saúde, cuja taxa ficou inalterada em 0,71%; e aluguel residencial (de 0,49% para 0,55%), além de jogo lotérico.
Na contramão, a batata-inglesa apresentou deflação de 15,33%, após queda de 19,35% na segunda quadrissemana de junho.
Em seguida, na lista das maiores contribuições de baixa para o IPC-S da terceira leitura do mês, ficou o tomate, com retração de 8,20% ante declínio de 3,79%; o etanol, com queda de 2,26% (ante -1,89%); tangerina (mexerica), com retração de 14,13% (de -14,15%); e a alface, com deflação de 6,34% (de -8,64%).