Economia

Guerra comercial com EUA ainda pode ser evitada, diz Alemanha

Trump aplicou importantes tarifas na quinta-feira, de 25% sobre o aço e 10% sobre o alumínio

Aço: ministra disse que as tarifas propostas por Trump violarão as regras da OMC (Timothy Fadek/Bloomberg)

Aço: ministra disse que as tarifas propostas por Trump violarão as regras da OMC (Timothy Fadek/Bloomberg)

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Reuters

Publicado em 10 de março de 2018 às 11h42.

Berlim - Uma guerra comercial entre a Europa e os Estados Unidos ainda pode ser evitada, disse a ministra da Economia da Alemanha, Brigitte Zypries, neste sábado, acrescentando que ela espera que negociações em Bruxelas nesta semana possam ajudar a impedir que a situação piore.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, aplicou importantes tarifas na quinta-feira, de 25 por cento sobre o aço e 10 por cento sobre o alumínio, mas está sob forte pressão de aliados, incluindo a União Europeia e o Japão, para diluir as medidas.

O representante de Comércio dos EUA, Robert Lighthizer deve se reunir com a chefe de comércio da UE, Cecilia Malmstrom e, separadamente, com o ministro do Comércio do Japão, Hiroshige Seko neste sábado, para conversas planejadas há muito tempo, mas que ganharam urgência em meio às preocupações de que o movimento de Trump pode levar a uma guerra comercial global.

Zypries disse à radio Deutschlandfunk que, até agora, nenhuma tarifa foi imposta e é muito cedo para falar sobre a aproximação de uma guerra comercial. "Mas chegamos a uma situação em que as discussões ficaram sérias", acrescentou.

Zypries disse que Malmstrom estava tentando resolver a disputa através de negociações, acrescentando: "ainda há conversas em andamento, as coisas estão em um fluxo então, se você quiser, pode dizer que ainda é sobre diplomacia e não guerra".

A ministra disse que as tarifas propostas por Trump violarão as regras da Organização Mundial do Comércio (OMC) e que a Alemanha coordenaria de perto com a Comissão Europeia a melhor forma de reagir se Trump for adiante.

"É claro, nós teríamos que mover processos contra ele na OMC", disse Zypries. "E, além disso, teremos que pensar sobre medidas de contrapartida."

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