Economia

Guedes justifica falta de aumento do salário mínimo por covid e Ucrânia

Bolsonaro será o único presidente desde o Plano Real com queda real de poder de compra do mínimo

Paulo Guedes, ministro da Economia.  (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

Paulo Guedes, ministro da Economia. (Marcos Corrêa/PR/Flickr)

AO

Agência O Globo

Publicado em 9 de maio de 2022 às 12h20.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que a falta de aumento do salário mínimo é um reflexo dos efeitos de duas “guerras” que atingiram o Brasil: a crise sanitária da Covid-19 e os efeitos do conflito entre Rússia e Ucrânia.

Para ele, o país está recuperando lentamente a capacidade de investimento, porque enquanto deixava para trás os efeitos negativos da pandemia, foi atingido pela guerra que aumento preços de comida e energia em todo mundo. A falta de aumento real do salário entra na cota de sacrifício para essa recuperação.

— A verdade é que essa geração pagou pela guerra. Nós fizemos sacrifício e ficamos sem aumento de salário, tivemos uma recuperação econômica forte. Não houve aumento de salário real,porque durante uma guerra normal que haja perdas importantes — afirmou durante lançamento da plataforma de investimentos do governo.

Guedes diz que é possível fazer versão mais enxuta da reforma tributária

Ele acrescentou:

— Nós estamos lutando para preservar pelo menos um salário mínimo, para preservar os empregos, para preservar a capacidade de investimento do país - Como o GLOBO mostrou nesta segunda-feira, Jair Bolsonaro será o primeiro presidente desde o Plano Real a terminar mandato com o salário mínimo valendo menos do que quando assumiu. Cálculos da consultoria Tullett Prebon Brasil apontam que a perda do poder de compra ao fimdo governo será de 1,7%, já descontada a inflação.

As declarações de Guedes foram feitas durante o lançamento do Monitor de Investimentos, plataforma quem apeia os investimentos contratados e projetados por setor,considerando recursos do próprio governo e também da iniciativa privada. Estão mapeados investimentos de R$ 860 bilhões para os próximos dez anos.

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