Economia

Guedes elogia ideia de PEC paralela para incluir estados na Previdência

Para ir ao Senado, onde Estados e municípios devem voltar para o texto, reforma da Previdência ainda precisa ser aprovada no segundo turno da Câmara

Paulo Guedes: "Agora vai entrar em campo o Senado, que tem a possibilidade não apenas de ratificar esta vitória, como também de dar uma nova dimensão" (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Paulo Guedes: "Agora vai entrar em campo o Senado, que tem a possibilidade não apenas de ratificar esta vitória, como também de dar uma nova dimensão" (Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 17 de julho de 2019 às 14h17.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, elogiou na terça-feira, 16 a possibilidade de que o Senado Federal crie uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC) separada para incluir Estados e municípios na legislação da nova Previdência. Isso evitaria que a reforma tenha que voltar para a Câmara dos Deputados, alongando o tempo de tramitação e aumentando o risco de que mais modificações sejam feitas.

Guedes afirmou que a inclusão de estados e municípios geraria economia de R$ 350 bilhões. "Nós estamos falando do Brasil, não é só da União. Se voltam R$ 350 bilhões via Senado, isso é bom para o Brasil, porque Estados e municípios também participam desse ajuste que o sistema previdenciário precisa. Temos que esperar e eu confio no Congresso", disse em entrevista à imprensa.

Guedes completou: "Agora vai entrar em campo o Senado, que tem a possibilidade não apenas de ratificar esta vitória, como também de estender e dar uma nova dimensão, que poderia ser Estados e municípios".

Nesta terça, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), defendeu que todos os governadores de Estado colaborem para a proposta de emenda constitucional (PEC) paralela que deve ser apresentada no Senado como saída para reincluir Estados e municípios na reforma da Previdência.

A ideia da PEC paralela tem ganhado força e, por meio dela, o Senado colocaria Estados e municípios na reforma, remetendo depois essa proposta de forma fatiada para a Câmara para apreciação, sem comprometer a PEC da reforma da Previdência.

“A gente vai precisar que o PT, PSB, PDT, PCdoB possam ajudar a aprovar a PEC paralela, senão vai acabar tendo obstrução de alguns pelos mesmos motivos que nós tivemos que tirar Estados e municípios da PEC da Previdência encaminhada pelo governo”, afirmou Maia, que reuniu-se hoje informalmente com deputados para debater a pauta do segundo semestre da Câmara.

Acompanhe tudo sobre:Paulo GuedesReforma da PrevidênciaSenado

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor