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Grécia propõe que turistas espionem pagamento de impostos

Como forma de melhorar sua capacidade fiscal, Grécia sugere que turistas, entre outros, possam ser contratados e "grampeados" para flagrar sonegação

Bandeira da Grécia: manifestação de apoio ao novo governo (Reuters)

João Pedro Caleiro

Publicado em 8 de março de 2015 às 15h21.

São Paulo - Nesta segunda-feira, os representantes da Grécia se encontrarão novamente com os ministros de Finanças do resto da zona do euro.

Desde que chegou ao poder, o partido de esquerda Syriza vem negociando com seus credores mais flexibilidade nos termos de resgate que mantém o país solvente desde a crise.

Nos últimos dias, a Grécia detalhou melhor as reformas estruturais que quer colocar em prática para melhorar os fundamentos da sua economia.

Um dos pontos nevrálgicos é melhorar a capacidade fiscal do estado, o que implica em tornar mais eficiente a coleta de impostos em um país onde a sonegação é generalizada.

Só que para fazer isso, o Syriza fez uma sugestão no mínimo polêmica: contratar coletores disfarçados não-profissionais que usem de grampos para flagrar sonegadores. Veja o texto:

"Propomos o seguinte: que grandes números de inspetores não-profissionais sejam contratados em um esquema estritamente casual e de curto prazo (não mais do que dois meses, e sem nenhuma perspectiva de contratação) para posar, depois de algum treinamento básico, como consumidores, em nome das autoridades de impostos, "grampeados" com som e vídeo.

Imaginamos que estes recrutas virão de todas as origens (por exemplo: estudantes, até turistas em áreas onde que a evasão é comum) e que serão pagos por hora e que seriam difíceis de detectar por sonegadores. A própria notícia de que milhares de observadores estariam em todos os lugares, com equipamento de som e vídeo, em serviços das autoridades de impostos, teria a capacidade de mudar atitudes muito rapidamente".

Não é a primeira proposta polêmica do ministro superstar Yanis Varoufakis, que diz que um terceiro pacote não será necessário. Vale lembrar que a Grécia passou praticamente metade da sua história moderna em crise da dívida.

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São Paulo - Nesta segunda-feira, os representantes da Grécia se encontrarão novamente com os ministros de Finanças do resto da zona do euro.

Desde que chegou ao poder, o partido de esquerda Syriza vem negociando com seus credores mais flexibilidade nos termos de resgate que mantém o país solvente desde a crise.

Nos últimos dias, a Grécia detalhou melhor as reformas estruturais que quer colocar em prática para melhorar os fundamentos da sua economia.

Um dos pontos nevrálgicos é melhorar a capacidade fiscal do estado, o que implica em tornar mais eficiente a coleta de impostos em um país onde a sonegação é generalizada.

Só que para fazer isso, o Syriza fez uma sugestão no mínimo polêmica: contratar coletores disfarçados não-profissionais que usem de grampos para flagrar sonegadores. Veja o texto:

"Propomos o seguinte: que grandes números de inspetores não-profissionais sejam contratados em um esquema estritamente casual e de curto prazo (não mais do que dois meses, e sem nenhuma perspectiva de contratação) para posar, depois de algum treinamento básico, como consumidores, em nome das autoridades de impostos, "grampeados" com som e vídeo.

Imaginamos que estes recrutas virão de todas as origens (por exemplo: estudantes, até turistas em áreas onde que a evasão é comum) e que serão pagos por hora e que seriam difíceis de detectar por sonegadores. A própria notícia de que milhares de observadores estariam em todos os lugares, com equipamento de som e vídeo, em serviços das autoridades de impostos, teria a capacidade de mudar atitudes muito rapidamente".

Não é a primeira proposta polêmica do ministro superstar Yanis Varoufakis, que diz que um terceiro pacote não será necessário. Vale lembrar que a Grécia passou praticamente metade da sua história moderna em crise da dívida.

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