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Grécia negocia com credores para evitar quebra

País conversa com bancos para conseguir o perdão de parte da dívida ao mesmo tempo que tenta conseguir desbloquear um empréstimo de UE e FMI

A Grécia luta para não quebrar (Louisa Gouliamaki/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de janeiro de 2012 às 13h01.

Atenas - A Grécia luta por sua sobrevivência negociando em duas frentes simultâneas, com os bancos credores, para fechar um acordo de perdão de parte de sua dívida, e com a UE e o FMI, para desbloquear o segundo plano de resgate.

Do lado dos credores institucionais, Poul Thomsen, representante do Fundo Monetário Internacional, e Matias Mors, da Eurozona, foram recebidos nesta sexta-feira às 07H00 GMT (05H00 de Brasília) pelo ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos.

Os três deveriam conversar sobre o avanço do primeiro plano de resgate da Grécia, aplicado em 2010 em troca de um plano de rigor, e das medidas necessárias para desbloquear o segundo plano, de 130 bilhões de euros, decidido pela Eurozona em uma cúpula em Bruxelas em outubro.

Se não alcançar um acordo com seus credores públicos e privados, a Grécia não poderá reembolsar 14,4 bilhões de euros em obrigações que vencem em 20 de março, o que significaria um default desordenado e perigoso para toda a Eurozona e inclusive para o resto do mundo.

Pelo contrário, uma estabilização da crise da dívida na Grécia permitiria consolidar a calma relativa observada desde o início do ano nos mercados de ações e obrigações, que, até o momento, digeriram bem as degradações da nota de solvência de vários países da Eurozona.

O porta-voz governamental Pantelis Kapsis não descartou a adoção de novas medidas de austeridade para sanear as finanças do país. E a "Europa não vai pagar mais" pela Grécia, advertiu nesta sexta-feira o ministro francês de Assuntos Europeus, Jean Leonetti. "A Grécia só deve contar com a solidariedade implementada e com a negociação em curso com seus credores privados, que chegará a uma conclusão", acrescentou.

Durante toda a quinta-feira, a Grécia esperava uma conclusão de um acordo entre o governo e seus credores privados (bancos, fundos de pensão e investimento, seguradoras, etc.) sobre uma reestruturação da dívida grega, que seria realizada mediante uma troca de obrigações e se traduziria no perdão de 100 bilhões de euros.

Segundo os negociadores do Instituto de Finanças Internacional (IIF), o lobby que negocia em nome dos bancos, as discussões sobre esta reestruturação foram "frutíferas" e "avançam". Espera-se que sejam retomadas nesta sexta-feira à tarde.

Os negociadores dos bancos credores se reuniram na quinta-feira por mais de duas horas e meia com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, e com Venizelos.

Sobre o avanço das negociações, não foi divulgada nenhuma informação.

Segundo o jornal Kathimerini desta sexta-feira, o IIF propõe que as obrigações novas que a Grécia irá emitir no âmbito desta troca tenham uma taxa média de 4,25%, o que significaria para os bancos uma perda de 68% do valor de suas carteiras da dívida grega, em vez dos 50% inicialmente previstos.

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Atenas - A Grécia luta por sua sobrevivência negociando em duas frentes simultâneas, com os bancos credores, para fechar um acordo de perdão de parte de sua dívida, e com a UE e o FMI, para desbloquear o segundo plano de resgate.

Do lado dos credores institucionais, Poul Thomsen, representante do Fundo Monetário Internacional, e Matias Mors, da Eurozona, foram recebidos nesta sexta-feira às 07H00 GMT (05H00 de Brasília) pelo ministro grego das Finanças, Evangelos Venizelos.

Os três deveriam conversar sobre o avanço do primeiro plano de resgate da Grécia, aplicado em 2010 em troca de um plano de rigor, e das medidas necessárias para desbloquear o segundo plano, de 130 bilhões de euros, decidido pela Eurozona em uma cúpula em Bruxelas em outubro.

Se não alcançar um acordo com seus credores públicos e privados, a Grécia não poderá reembolsar 14,4 bilhões de euros em obrigações que vencem em 20 de março, o que significaria um default desordenado e perigoso para toda a Eurozona e inclusive para o resto do mundo.

Pelo contrário, uma estabilização da crise da dívida na Grécia permitiria consolidar a calma relativa observada desde o início do ano nos mercados de ações e obrigações, que, até o momento, digeriram bem as degradações da nota de solvência de vários países da Eurozona.

O porta-voz governamental Pantelis Kapsis não descartou a adoção de novas medidas de austeridade para sanear as finanças do país. E a "Europa não vai pagar mais" pela Grécia, advertiu nesta sexta-feira o ministro francês de Assuntos Europeus, Jean Leonetti. "A Grécia só deve contar com a solidariedade implementada e com a negociação em curso com seus credores privados, que chegará a uma conclusão", acrescentou.

Durante toda a quinta-feira, a Grécia esperava uma conclusão de um acordo entre o governo e seus credores privados (bancos, fundos de pensão e investimento, seguradoras, etc.) sobre uma reestruturação da dívida grega, que seria realizada mediante uma troca de obrigações e se traduziria no perdão de 100 bilhões de euros.

Segundo os negociadores do Instituto de Finanças Internacional (IIF), o lobby que negocia em nome dos bancos, as discussões sobre esta reestruturação foram "frutíferas" e "avançam". Espera-se que sejam retomadas nesta sexta-feira à tarde.

Os negociadores dos bancos credores se reuniram na quinta-feira por mais de duas horas e meia com o primeiro-ministro grego, Lucas Papademos, e com Venizelos.

Sobre o avanço das negociações, não foi divulgada nenhuma informação.

Segundo o jornal Kathimerini desta sexta-feira, o IIF propõe que as obrigações novas que a Grécia irá emitir no âmbito desta troca tenham uma taxa média de 4,25%, o que significaria para os bancos uma perda de 68% do valor de suas carteiras da dívida grega, em vez dos 50% inicialmente previstos.

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