Economia

Grécia diz que FMI lhe dá razão sobre dívida insustentável

Porta-voz do governo disse que o relatório do FMI dá razão ao Executivo ao considerar que a dívida da Grécia não é sustentável


	Manifestante carrega bandeiras da Grécia e da União Europeia
 (Yannis Behrakis/Reuters)

Manifestante carrega bandeiras da Grécia e da União Europeia (Yannis Behrakis/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2015 às 17h20.

Atena - O porta-voz do governo grego, Gavriil Sakellaridis, afirmou nesta quinta-feira que o relatório do Fundo Monetário Internacional (FMI) dá a razão ao Executivo ao considerar que a dívida da Grécia não é sustentável.

"O relatório de FMI de hoje dá completamente a razão ao governo grego com relação à não sustentabilidade da dívida e a sua insistência de que todo acordo com os credores deve incluir sua reestruturação", comentou Sakellaridis.

Em uma análise divulgada hoje, o Fundo considera a dívida da Grécia "insustentável" e assegura que a situação piorou desde a chegada ao governo do primeiro-ministro esquerdista, Alexis Tsipras, ao diminuir-se, na opinião do organismo, os objetivos fiscais e atrasar a aplicação de reformas estruturais.

Sakellaridis considerou que, apesar da insistência do FMI nas políticas de austeridade, o relatório constitui a "admissão do fracasso" dos programas de resgate por parte de um de seus "promotores".

O FMI indicou, além disso, que a necessidade de financiamento da Grécia entre 2015 e 2018 está cifrada em 50 bilhões de euros, razão pela qual, mesmo com o plano apresentado pelos credores internacionais, seriam necessários 36 bilhões de euros a mais dos sócios europeus.

"Se o programa (de 2012) tivesse sido aplicado como se presumia, não teria sido necessário um maior alívio da dívida", disse a instituição financeira internacional.

O relatório do Fundo é divulgado no momento em que a Grécia se prepara para o referendo do próximo domingo, convocado pelo Executivo de Tsipras depois da ruptura das negociações entre o grupo de credores internacionais (FMI, Banco Central Europeu e Comissão Europeia) e Atenas para estender o programa de resgate.

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