Grã-Bretanha tem maior risco de contágio da crise do euro
Relações comerciais e bancárias com o bloco de moeda única podem aumentar efeitos da crise externa
Da Redação
Publicado em 24 de julho de 2012 às 22h19.
Londres - A Grã-Bretanha lidera a lista de economias externas com maior risco de ser contagiada por qualquer escalada na crise da zona do euro por causa de suas relações comerciais e bancárias com o bloco de moeda única, mostrou um estudo do instituto de risco político Maplecroft divulgado nesta quarta-feira.
O estudo organizou uma lista de classificação de 169 países de acordo com o nível comercial de cada um deles com a zona do euro, que enfrenta uma crise de dívida, assim como a resistência interna para uma desaceleração.
"Os impactos para essas economias incluem redução na produção industrial, perda de competitividade e dívidas soberanas que poderiam provocar níveis insustentáveis devido ao aumento dos rendimentos", apontou a Maplecroft.
A Grã-Bretanha faz parte da União Europeia, mas não da zona do euro. Problemas fiscais britânicos combinados com fortes relações comerciais com a zona do euro tornam sua capacidade de reação a uma piora na crise econômica no bloco "severamente limitada", segundo o estudo.
Um colapso de grandes economias da zona do euro poderia reduzir o comércio britânico em 7 por cento e provocar perdas equivalentes a 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) aos bancos britânicos devido à exposição deles a bancos da zona do euro e a títulos soberanos, acrescentou.
Países na Europa central e na Escandinávia, assim como nações exportadoras de commodities da África, como Costa do Marfim e Moçambique, também estão entre as 17 economias classificadas como em estado de "risco extremo".
Os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, também estão altamente expostos, mostrou o estudo.
Polônia, Hungria e República Tcheca, membros da União Europeia, estão em segundo, terceiro e quarto lugares em termos de risco, enquanto Suécia e Dinamarca aparecem em oitavo e nono lugares.
Muitos países africanos, fortemente dependentes do comércio com a zona do euro, estão no topo da lista, com Mauritânia, Moçambique, Marrocos e Costa do Marfim compondo parte do grupo de 17 países com exposição "extrema" à crise europeia.
Tunísia, Egito e Líbia, países que foram palco das revoltas da Primavera Árabe, estão atrás, enquanto Rússia, Brasil e Índia também foram classificados como nações em alta exposição à crise na zona do euro.
Do grupo dos Brics, formado pelas principais economias emergentes, apenas a China foi apontada com não mais do que uma exposição média.
"Essas economias (dos Brics) não estão totalmente isoladas da desaceleração devido às relações comerciais e de investimentos com a Europa, e uma escalada na crise da zona do euro poderia agravar ainda mais a desaceleração doméstica nas previsões de crescimento entre os Brics", disse o estudo.
Londres - A Grã-Bretanha lidera a lista de economias externas com maior risco de ser contagiada por qualquer escalada na crise da zona do euro por causa de suas relações comerciais e bancárias com o bloco de moeda única, mostrou um estudo do instituto de risco político Maplecroft divulgado nesta quarta-feira.
O estudo organizou uma lista de classificação de 169 países de acordo com o nível comercial de cada um deles com a zona do euro, que enfrenta uma crise de dívida, assim como a resistência interna para uma desaceleração.
"Os impactos para essas economias incluem redução na produção industrial, perda de competitividade e dívidas soberanas que poderiam provocar níveis insustentáveis devido ao aumento dos rendimentos", apontou a Maplecroft.
A Grã-Bretanha faz parte da União Europeia, mas não da zona do euro. Problemas fiscais britânicos combinados com fortes relações comerciais com a zona do euro tornam sua capacidade de reação a uma piora na crise econômica no bloco "severamente limitada", segundo o estudo.
Um colapso de grandes economias da zona do euro poderia reduzir o comércio britânico em 7 por cento e provocar perdas equivalentes a 7 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) aos bancos britânicos devido à exposição deles a bancos da zona do euro e a títulos soberanos, acrescentou.
Países na Europa central e na Escandinávia, assim como nações exportadoras de commodities da África, como Costa do Marfim e Moçambique, também estão entre as 17 economias classificadas como em estado de "risco extremo".
Os Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia e China, também estão altamente expostos, mostrou o estudo.
Polônia, Hungria e República Tcheca, membros da União Europeia, estão em segundo, terceiro e quarto lugares em termos de risco, enquanto Suécia e Dinamarca aparecem em oitavo e nono lugares.
Muitos países africanos, fortemente dependentes do comércio com a zona do euro, estão no topo da lista, com Mauritânia, Moçambique, Marrocos e Costa do Marfim compondo parte do grupo de 17 países com exposição "extrema" à crise europeia.
Tunísia, Egito e Líbia, países que foram palco das revoltas da Primavera Árabe, estão atrás, enquanto Rússia, Brasil e Índia também foram classificados como nações em alta exposição à crise na zona do euro.
Do grupo dos Brics, formado pelas principais economias emergentes, apenas a China foi apontada com não mais do que uma exposição média.
"Essas economias (dos Brics) não estão totalmente isoladas da desaceleração devido às relações comerciais e de investimentos com a Europa, e uma escalada na crise da zona do euro poderia agravar ainda mais a desaceleração doméstica nas previsões de crescimento entre os Brics", disse o estudo.