Economia

Governo reduzirá investimentos a R$35 bi por gastos com Previdência

Secretário de Previdência do Ministério da Economia projetou que a reforma será aprovada no Congresso até setembro

Leonardo Rolim: segundo o secretário, se os gastos com a Previdência continuarem no ritmo atual, a capacidade de investimento da União irá zerar em dois anos (TV Brasil/Agência Brasil)

Leonardo Rolim: segundo o secretário, se os gastos com a Previdência continuarem no ritmo atual, a capacidade de investimento da União irá zerar em dois anos (TV Brasil/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 10 de maio de 2019 às 14h41.

Rio de Janeiro - O secretário de Previdência do Ministério da Economia, Leonardo Rolim, afirmou nesta sexta-feira (10), que o governo vai reduzir o investimento neste ano a 35 bilhões de reais devido aos gastos elevados com a Previdência, e projetou que a reforma nas leis da aposentadoria será aprovada no Congresso até setembro.

"(Da forma como está o nivel de gastos), aquilo que não é obrigatório acaba sendo comprimido, como no caso do investimento. O investimento vem sendo comprimido ano a ano e no Orçamento de 2019 está reduzido para 35 bilhões", disse ele ao participar de evento no Rio de Janeiro.

De acordo com Rolim, se os gastos com a Previdência continuarem no ritmo atual, a capacidade de investimento da União irá zerar em dois anos.

Segundo dados apresentados pelo secretário, em 2018 os gastos com Previdência e assistência somaram 830,6 bilhões de reais e a capacidade de investimento da União foi de 53,1 bilhões.

Para 2019, a projeção é de gastos previdenciários de 903 bilhões de reais e investimentos de 35 bilhões.

Rolim ainda projetou que a expectativa é votar a PEC da Previdência na comissão especial da Câmara dos Deputados na primeira quinzena de junho, com a votação na Câmara no primeiro semestre.

"Nossa expectativa é concluir no primeiro semestre a votação na Câmara. No Senado será aprovada no início do segundo semestre, provavelmente em setembro", completou.

O secretário destacou ainda que a meta de economia de 1,2 trilhão de reais com a reforma previdenciária será perseguida pelo governo, e que se o "Congresso fizer algum ajuste terá que haver compensação para que a potência fiscal seja mantida".

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