Brasil quer empresas dos EUA concessionada em infraestrutura
Segundo o ministro Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, objetivo é ter empresas americanas na área de concessão
Agência Brasil
Publicado em 8 de dezembro de 2016 às 11h27.
Última atualização em 8 de dezembro de 2016 às 12h09.
O governo brasileiro quer estimular empresas americanas a serem concessionárias em projetos de infraestrutura no Brasil, como em aeroportos, rodovias e ferrovias.
A afirmação é do ministro Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, que participa hoje (7), em Brasília, da 1ª Reunião Anual Brasil-Estados Unidos sobre Desenvolvimento de Infraestrutura.
"Hoje não temos nenhuma empresa americana concessionada em infraestrutura no Brasil. Nosso objetivo é que, a partir desse diálogo, venhamos ter empresas americanas na área de concessão no Brasil", disse.
Segundo o ministro, atualmente o estoque total de investimentos dos Estados Unidos no Brasil é de US$ 110 bilhões. "Podemos imaginar que qualquer pequeno percentual disso é um valor extremamente significativo. Não estamos fixando uma meta. Nossa expectativa é que tenhamos uma carteira relevante, em algum tempo, considerando essa base extremamente grande", acrescentou.
Barreiras impendem investimentos
No evento, serão discutidas a identificação e solução para barreiras que impendem os investimentos. Segundo o ministro, serão debatidos aspectos legais e a criação de mecanismos financeiros.
A embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, diz que o evento é uma forma prática de identificar oportunidades. Questionada sobre a possibilidade de mudança de estratégia com a eleição do Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos, Liliana disse que levará tempo para o novo governo formar equipe e essa ação é prioridade para o Brasil e o seu país.
"O que estamos fazendo gera benefício para os dois países. Gera trabalho aqui e nos Estados Unidos. É uma prioridade para os dois", disse. Ela acrescentou que acompanha o cenário político no Brasil, mas o foco está no trabalho a ser feito.
"Isso é uma dinâmica das instituições brasileiras. Estamos observando. O trabalho nosso aqui é muito concreto, é muito dirigido. Vamos tentar focar no trabalho que se tem que fazer", disse a embaixadora.