Economia

Governo facilita devolução de crédito ao exportador

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a portaria flexibilizou as regras de devolução de PID, Cofins e IPI

Segundo o ministro, as empresas receberão os recursos em até 60 dias (Renato Araújo/Agência Brasil)

Segundo o ministro, as empresas receberão os recursos em até 60 dias (Renato Araújo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 25 de maio de 2011 às 12h12.

Brasília - O ministro da Fazenda, Guido Mantega, informou hoje que uma portaria publicada no Diário Oficial da União simplifica a devolução de crédito de PIS, Cofins e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) aos exportadores. Segundo o ministro, o governo tem procurado estabelecer um mecanismo automático de devolução que barateie o custo das empresas.

Mantega disse que a portaria flexibilizou as regras, permitindo que a companhia que tenha tido no último ano 10% do seu faturamento bruto resultante de exportações possa receber os créditos. A legislação anterior permitia o ressarcimento apenas às empresas cujas exportações representassem acima de 15% do faturamento bruto nos últimos dois anos.

Além disso, o governo ampliou o estoque de créditos que será devolvido. As empresas poderão solicitar à Receita Federal o ressarcimento dos tributos desde janeiro de 2009. A devolução que estava ocorrendo até o momento era a partir de abril de 2010. "Não é só o fluxo, mas o estoque de créditos", destacou Mantega.

Segundo o ministro, as empresas receberão os recursos em até 60 dias. "A medida traz um alívio para os exportadores, que tradicionalmente demoravam para ter a devolução do crédito. Estamos procurando modernizar, mas o sistema só estará perfeito em dezembro de 2011, quando a devolução do PIS e da Cofins passa a ser automática", disse.

Mantega disse ainda que hoje a Receita Federal tem dificuldade em conferir a veracidade dos créditos e, por isso, alguns pedidos são eliminados. O ministro informou que o fluxo atual de créditos reivindicado pelas empresas está em torno de R$ 2 bilhões.

Ele disse ainda que o governo tem estudado a possibilidade de acelerar a devolução dos tributos em investimentos na aquisição de máquinas e equipamentos. A depreciação atual ocorre em 12 meses e o governo quer torná-la automática para baratear os investimentos. No entanto, Mantega disse que, como a medida custaria R$ 7 bilhões, o governo está esperando uma oportunidade de sobra de caixa para adotá-la. "Não é para agora".

Acompanhe tudo sobre:Comércio exteriorExportaçõesGuido MantegaImpostosIPILeãoPersonalidadesPolítica no BrasilPolíticosPolíticos brasileiros

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor