Governo estuda apoio à indústria exportadora de café
Brasília - O governo brasileiro pode autorizar a importação de café conillon verde para ajudar a indústria nacional que exporta o produto beneficiado. Segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Lytha Spíndola, essa é uma das opções para apoiar o setor, que estaria tendo dificuldades para manter mercados […]
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
Brasília - O governo brasileiro pode autorizar a importação de café conillon verde para ajudar a indústria nacional que exporta o produto beneficiado. Segundo a secretária de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Lytha Spíndola, essa é uma das opções para apoiar o setor, que estaria tendo dificuldades para manter mercados no exterior, devido à grande concorrência de outros países.
De acordo com Lytha, o governo discute autorizar o drawback para o café conillon verde, mecanismo que isenta taxas para a importação com a obrigatoriedade do produto ser industrializado e exportado. O volume em estudo é próximo de 20% da quantidade exportada, comentou ela, ao sair hoje (25) de reunião com o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, e representantes do setor.
Segundo o presidente da Associação Brasileira da Indústria do Café Solúvel (Abics), Edvaldo Barrancos, esse percentual representaria cerca de 600 mil sacas de café conillon, já que a exportação em 2009 foi equivalente a 3 milhões de sacas. Sem o benefício, ele afirma que países como o Vietnã, que em alguns períodos conseguem oferecer esse tipo de café a um custo até 25% inferior ao brasileiro, conquistarão mercados que tradicionalmente são clientes do Brasil.
Buscamos a manutenção da competitividade. Queremos que a indústria possa crescer e produzir mais, afirmou Barrancos. Segundo ele, o preço do café no mercado interno é maior porque a demanda interna é muito grande. Por representar apenas 5% da produção de 12 milhões de sacas de café conillon prevista para este ano, o presidente da Abics afirmou que o produtor não precisa se preocupar caso a medida seja tomada.