Economia

Governo espera superávit comercial de US$15 bilhões em 2015

O Ministério do Desenvolvimento estima um superávit da balança comercial em torno de US$ 15 bilhões neste ano e acima de US$ 25 bilhões em 2016


	O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro
 (Ueslei Marcelino/Reuters)

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Armando Monteiro (Ueslei Marcelino/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 1 de outubro de 2015 às 17h13.

Rio de janeiro - O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior estima um superávit da balança comercial em torno de 15 bilhões de dólares neste ano e acima de 25 bilhões de dólares em 2016, afirmou nesta quinta-feira o responsável pela pasta, Armando Monteiro Neto.

Segundo ele, boa parte do salto comercial esse ano e no próximo se dará pela valorização do dólar frente ao real que em 2015 supera os 50 por cento.

Até fevereiro, o Brasil tinha um déficit de 6 bilhões de dólares e com a virada no câmbio, já acumula até setembro 10 bilhões de dólares de saldo positivo, disse o ministro.

"Eu falava em 12 bilhões de saldo até pouco tempo, mas temos chances de fechar o ano com 15 bilhões de dólares de saldo favorável. É um resultado fantástico”, disse Monteiro a jornalistas, em evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro.

"Seguramente nós teremos no próximo ano de gerar um superávit de mais de 25 bilhões de dólares", complementou Monteiro.

No ano passado, o Brasil fechou com um saldo comercial negativo de cerca de 4,5 bilhões de dólares, afirmou.

AJUDA, MAS NÃO RESOLVE

O ministro disse que a valorização do dólar ante o real ajuda, mas não resolve os problemas de competitividade do país. Segundo Monteiro, um dólar justo seria abaixo de 4 reais.

"É evidente que volatilidade cambial não é boa. O que seria interessante seria uma estabilização do câmbio que ofereça uma remuneração e uma certa compensação aos custos elevados que o Brasil tem em logística, infraestrutura e sistema tributário", afirmou Monteiro.

"O câmbio compensa, mas não resolve; não é a solução de todos os problemas... o patamar para exportação é bastante razoável, mas há ainda uma certa sobrevalorização baseada no momento de instabilidade", disse o ministro.

Se por um lado o câmbio aumenta a competitividade dos exportadores brasileiros, por outro aumenta os custos e o endividamento das companhias nacionais, principalmente aquelas que tem insumos cotados em dólares e dívidas em moeda norte americana. "Esse é uma quadro que nos preocupa, mas há muitas empresas com mecanismos de proteção", disse Monteiro.

Acompanhe tudo sobre:Balança comercialComércioComércio exteriorMDIC

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor