Manoel Dias: retomada do diálogo foi acertada entre as centrais e os ministros Manoel Dias, Garibaldi Alves Filho e Gilberto Carvalho (Valter Campanato/ABr)
Da Redação
Publicado em 21 de agosto de 2013 às 19h28.
Brasília – Governo e centrais sindicais reabriram hoje (21) a negociação sobre o fim do fator previdenciário e a substituição do modelo por uma nova fórmula para o cálculo das aposentadorias.
A retomada do diálogo foi acertada entre as centrais e os ministros Manoel Dias, do Trabalho, Garibaldi Alves Filho, da Previdência, e Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República, em reunião no Palácio do Planalto.
“A notícia é a abertura da negociação. Qual vai ser o desfecho da negociação, não sabemos. Estávamos com um problema gravíssimo, porque o fim do fator [previdenciário] é uma das nossas principais reivindicações e não estávamos conseguindo que isso viesse para a pauta de negociação”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas.
A nova rodada de negociação sobre o fator previdenciário terá 60 dias para apresentar os primeiros resultados e terá como ponto de partida a chamada Fórmula 85/95, que soma a idade dos trabalhadores ao tempo de contribuição até atingir o valor 85 para as mulheres, e 95 para os homens.
O governo já sinalizou que não concorda em simplesmente dar fim ao fator previdenciário, mas está aberto a discussões sobre a fórmula 85/95. Segundo a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, a nova conta para a aposentadoria deverá considerar o aumento da expectativa de vida da população brasileira para evitar impactos no sistema previdenciário.
“Não há, da parte do governo, nenhuma intenção no fim puro e simples do fator previdenciário. Isso causaria um impacto que não teria sustentabilidade. Portanto, acho que a disposição da mesa de negociação é encontrar uma fórmula que permita implementar gradualmente, implementar de forma sustentável”, disse a ministra.
Ideli informou que a negociação terá representantes dos ministérios do Trabalho, da Previdência e da Fazenda, da Secretaria-Geral da Presidência e das centrais sindicais.