Economia

Governo diz que política de preços da Petrobras não será afetada

Ministério de Minas e Energia destacou que o governo estuda formas de aumentar previsibilidade dos preços ao consumidor, mas sem interferir na estatal

Petrobras: preocupação do governo, no entanto, é descolar a previsibilidade de preços da política de precificação da estatal (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

Petrobras: preocupação do governo, no entanto, é descolar a previsibilidade de preços da política de precificação da estatal (Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)

AB

Agência Brasil

Publicado em 1 de junho de 2018 às 19h14.

O Ministério de Minas e Energia (MME) defendeu, no final da tarde de hoje (1º), a política de preços praticada pela Petrobras.

Em nota, a pasta destacou que o governo estuda formas de aumentar a previsibilidade dos preços ao consumidor, mas sem interferir na estatal. A nota foi divulgada após a decisão de Pedro Parente de deixar a presidência da Petrobras.

"O que o Ministério de Minas e Energia colocou em debate público visa a criação para o país de uma política de amortecimento dos preços dos combustíveis ao consumidor, um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços dos combustíveis nas bombas. Algo fora da política de preços da Petrobras", diz o ministério.

A pasta ainda estuda um dispositivo que funcionaria como "colchão" entre as constantes mudanças de valor do petróleo no mercado e o preço do combustível nos postos.

Técnicos do ministério e da Agência Nacional do Petróleo (ANP) começaram a discutir isso hoje. Na próxima segunda-feira (4) ocorrerá uma nova reunião, desta vez com a participação de técnicos do Ministério da Fazenda.

A preocupação do governo, no entanto, é descolar a previsibilidade de preços da política de precificação da Petrobras.

"Essa política de proteção terá que preservar a atual prática de preços de mercado para o produtor e importador, o que é tido pela atual administração como um ponto fundamental para a atração de investimentos para o setor. Vai trazer previsibilidade e segurança ao consumidor e ao investidor." Após a confirmação da saída de Parente, o mercado reagiu negativamente, com queda nas ações da Petrobras e valorização do dólar frente ao real.

Acompanhe tudo sobre:PetrobrasPreçosMinistério de Minas e EnergiaPedro Parente

Mais de Economia

Boletim Focus: mercado aumenta projeção do PIB em 2025, 2026 e 2027

Por que as fusões entre empresas são difíceis no setor aéreo? CEO responde

Petrobras inicia entregas de SAF com produção inédita no Brasil

Qual poltrona do avião dá mais lucro para a companhia aérea?