Economia

Governo divulga dados da balança comercial de agosto nesta sexta; tendência é de alta de superavit

No acumulado do ano até agora, Brasil acumula superavit de 60,4 bilhões de dólares; ministério espera recorde histórico neste ano

Contêineres no porto de Santos (Germano Lüders/Exame)

Contêineres no porto de Santos (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 1 de setembro de 2023 às 07h00.

O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) divulga nesta sexta-feira, 1º, a partir das 15h, os resultados da balança comercial brasileira do mês de agosto.

Dados preliminares, que consideram até a terceira semana do mês, apontam saldo positivo de 6,59 bilhões de dólares. No período, o país exportou 19,84 bilhões de dólares em produtos, e importou 13,26 bilhões.

Entre as exportações, houve alta de 15,2% na agropecuária e de 13,1% na indústria extrativa. Soja e óleo de petróleo bruto foram os itens mais vendidos em cada categoria, respectivamente. Já em produtos da indústria de transformação, houve queda de 1,32%. O produto mais comercializado nessa categoria foram açúcares e melaços.

No acumulado do ano, de janeiro até a terceira semana de agosto, o país soma superativ de 60,4 bilhões de dólares. Em comparação com o mesmo período de 2022, o país exportou 0,7% a mais, e as importações tiveram queda de 10,1%.

O MDIC prevê que o Brasil deverá registrar um recorde de superavit em 2023, de US$ 84,7 bilhões. Caso se confirme, o superávit será 37,7% mais alto que o saldo positivo de US$ 61,525 bilhões registrado em 2022, até agora o melhor resultado da história.

Segundo o MDIC, dois fatores podem gerar saldo recorde em 2023. Por um lado, os preços de commodities energéticas, como o petróleo, e de itens como fertilizantes, estão em tendência de queda após atingirem um pico no início da guerra entre Rússia e Ucrânia. Por outro lado, a desaceleração da economia deve provocar queda nas importações, por causa da retração do consumo.

A guerra entre Rússia e Ucrânia tem impactado as importações nos últimos meses. Os preços internacionais dos adubos e dos fertilizantes caíram 55,2% em junho, na comparação com o mesmo mês do ano passado. O preço médio dos combustíveis importados diminuiu 40,4% na mesma comparação. O preço médio do trigo, outro produto que o Brasil importa em grande quantidade, cai 18,6%.

Com Agência Brasil.

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