Aço: a confederação alega que, ao adotar as medidas, os Estados Unidos violarão pelo menos três normas da OMC (Domingos Peixoto/Site Exame)
Estadão Conteúdo
Publicado em 2 de março de 2018 às 15h58.
Brasília - A Confederação Nacional da Indústria (CNI) disse, em nota, que a decisão dos Estados Unidos de impor sobretaxas ao aço e ao alumínio é "injustificada, ilegal e prejudica o Brasil".
Para a entidade, as medidas anunciadas pelo presidente norte-americano Donald Trump ferem as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC) e representarão prejuízo de US$ 3 bilhões para as exportações brasileiras de ferro e aço e US$ 144 milhões para as de alumínio.
"A CNI defende o respeito às normas internacionais e nacionais sobre defesa comercial e considera que o governo brasileiro deve utilizar todos os meios disponíveis para responder à decisão americana, inclusive no âmbito do sistema de solução de controvérsias da Organização Mundial do Comércio (OMC), o que, em caso de vitória, nos daria direito à retaliação", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, no texto.
A confederação alega que, ao adotar as medidas, os Estados Unidos violarão pelo menos três normas da OMC. "O governo americano impõe medidas de forma unilateral sem respeitar as regras de investigação para a adoção de medidas de defesa comercial, discrimina o produto estrangeiro em detrimento do produzido nos EUA e amplia a tributação da importação para além das alíquotas acordadas pelo próprio país na OMC", afirma.
Para a entidade, o problema da indústria siderúrgica norte-americana é o cenário mundial de excesso de oferta de produtos e a solução desse problema requer negociações multilaterais entre todos os países produtores.