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Governo deve eliminar desoneração nas compras de autopeças

A mudança ocorre após a Organização Mundial do Comércio (OMC) no ano passado condenar incentivos brasileiros para a indústria local

Carros: "Precisamos que a indústria brasileira de autopeças seja capaz de produzir competitivamente" (./Reprodução)
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Reuters

Publicado em 19 de junho de 2017 às 22h01.

São Paulo - O Brasil deve revogar as isenções fiscais que beneficiam fabricantes de automóveis que compram peças no país, o presidente da Anfavea , Antonio Megale, nesta segunda-feira, após anos de estímulos fiscais que viraram alvos de escrutínio de órgãos de comércio exterior.

Falando a jornalistas, Megale disse que as montadoras do país não poderão mais deduzir as compras de peças de automóveis produzidas localmente da alíquota de IPI nos novos regulamentos a serem adotados no final deste ano.

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"Precisamos que a indústria brasileira de autopeças seja capaz de produzir competitivamente. Se for suficientemente competitivo, será capaz de produzir tanto para o mercado local quanto para as exportações ", disse ele.

A mudança ocorre após a Organização Mundial do Comércio (OMC) no ano passado condenar incentivos brasileiros para a indústria local, que teriam prejudicaram concorrentes estrangeiros e quebrado regras comerciais.

Essa política, criada em 2011, faz parte de um amplo estímulo industrial introduzido pela presidente Dilma Rousseff, que no entanto foi insuficiente para evitar que a economia caísse na maior recessão da história, enquanto as despesas do governo aumentaram.

A Anfavea apresentará propostas para substituir esse plano, conhecido como Inovar-Auto, no fim de julho, com uma versão final do plano esperado até agosto, o Rota 2030, que manterá as demandas de conteúdo local para as montadoras no país que produzem para exportação, disse Megale.

A Megale acrescentou que as montadoras podem precisar de mais tempo para se preparar para um potencial acordo comercial entre o Mercosul e a União Europeia, que os diplomatas esperam ser feitos em princípio até o fim do ano.

"Se tivéssemos comércio livre hoje com a União Europeia, a indústria nacional encolheria muito", disse ele.

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