Enquanto no Brasil o juro médio anual do cartão de crédito está em 323%, nos EUA a taxa média é de 17% e, no México, de 34% (Stock Exchange)
Da Redação
Publicado em 18 de outubro de 2012 às 10h02.
São Paulo - A presidente Dilma Rousseff está preparando a implantação do Cadastro Positivo para ajudar a atingir a meta de reduzir os juros de cartões de crédito, hoje os mais altos das Américas, 16 meses após a aprovação da legislação pelo Congresso.
O governo pretende que as regras que permitem a classificação de consumidores, a partir de sua capacidade de pagamento de dívida, até o fim do ano, segundo a assessoria de imprensa da Presidência. As medidas abrem caminho para que empresas coma a Experian Plc e Equifax Inc., maiores na área de bureaus de crédito, passem a criar históricos de pagamentos feitos por consumidores, o que era proibido pelas regras antigas.
Enquanto no Brasil o juro médio anual do cartão de crédito está em 323 por cento, nos EUA a taxa média é de 17 por cento e, no México, de 34 por cento, segundo estudo feito em julho pela associação de consumidores Proteste. A adoção do cadastro positivo coincide com a pressão feita pelo governo para que bancos reduzam os juros cobrados de clientes após a redução do juro básico para a mínima histórica de 7,25 por cento.
“O grande benefício é que você pode cobrar menos dos melhores clientes e mais dos piores”, disse Érico Ferreira, presidente da Acrefi - Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento. “Dá para precificar melhor.”