(Paulo Whitaker/Reuters)
Estadão Conteúdo
Publicado em 9 de abril de 2021 às 17h22.
Última atualização em 9 de abril de 2021 às 17h52.
O último leilão da Infra Week rendeu ao governo mais R$ 216 milhões de outorga. Nesta sexta-feira, 9, na B3, o governo encerrou o processo de três licitações seguidas durante a semana com a oferta de cinco áreas no Porto Organizado de Itaqui (MA) e no Porto de Pelotas (RS). No total, os projetos vão representar investimentos de R$ 600 milhões durante o contrato de concessão. No caso de Itaqui, o prazo será de 20 anos e, em Pelotas, 10 anos.
A Santos Brasil, empresas que administra um dos maiores terminais de contêineres de Santos, arrematou três áreas em Itaqui. Na primeira, IQI12, a empresa deu lance de R$ 61,3 milhões, com ágio de 44,24%. Na IQI11, foi a única participante e fez uma proposta de R$ 56 milhões, com ágio de 15,06%.
As áreas IQI12 e IQI13, cujo valor mínimo era de R$ 1, foram para viva voz e tiveram forte concorrência.
Na IQI12, a disputa ficou entre o Terminal Químico de Aratu (Tecmar) e Santos Brasil, com propostas iniciais de R$ 37,5 milhões e R$ 29 milhões, respectivamente.
A Santos Brasil venceu com um lance de R$ 40 milhões, no viva voz.
A IQI13 teve a maior disputa do leilão de ontem e contou com quatro rodadas de propostas no viva voz. Nesse caso, o Terminal Químico de Aratu venceu com uma proposta de R$ 59 milhões.
A área no Porto de Pelotas, a única participante CMPC Celulose Riograndensse venceu com proposta de R$ 10 mil ante o preço mínimo de R$ 1.
Com a concessão de cinco terminais portuários - quatro deles no Porto do Itaqui (Maranhão) e um em Pelotas, no Rio Grande do Sul, terminou a semana de leilões de concessões (Infra Week) promovida pelo governo federal. Nesta sexta, o governo arrecadou pouco mais de R$ 216 milhões em outorgas pelos cinco terminais e chegou a R$ 10 bilhões em investimentos contratados para os próximos anos, que era a meta estabelecida.
Em outorgas, mais de R$ 3,54 bilhões foram para os cofres públicos.
- Fechamos com chave de ouro a Infra Week com os terminais portuários. Não nos interessa a outorga, mas sim a melhora da logística do país, que está ficando cada vez mais multi-modal. A história dos portos ineficientes o Brasil está ficando para trás. Temos cada vez mais portos automatizados. Nesta demana, passamos 28 ativos nesta semana à inicitiva privada, com R$ 10 bilhões de investimentos contratados - comemorou o ministro da Infraestrura Tarcísio Freitas.
Ele disse que no final do mês haverá novas concessões, entre elas a da BR-153 e da Cedae, a companhia de saneamento do Rio de Janeiro, que deve contratar mais de R$ 30 bilhões em investimentos, além de R$ 10 bilhões em outorgas.
A Santos Brasil Participações concorreu em todos os terminais do Maranhão e levou três, desembolsando quase R$ 158 milhões em outorgas. A Ultracargo arrematou um dos terminais por R$ 59 milhões.
Além da Sabtos Brasil Participações e da Ultracargo, participou também do leilão de um dos terminais no Maranhão a Empresa Brasileira de Terminais e Armazéns Gerais, que, entretanto, teve sua proposta superada pelos concorrentes.
No terminal portuário de Pelotas não houve concorrentes e a CMPC Celulose Riograndense levou com um lance de R$ 10 milhões. Os terminais do Nordeste terão prazo de concessão de 20 anos e são destinados à movimentação de granéis líquidos, especialmente combustíveis.
Já no de Pelotas a concessão é de dez anos para operações de carga geral, especialmente madeira. Nos cinco terminais, serão investidos R$ 600 milhões.
O governo federal também passou à inicitiva privada, esta semana, 22 aeroportos, com outorgas que somaram R$ 3,3 bilhões e investimentos previstos de R$ 6,1 bilhões.
Na quinta-feira, foi arrematado um trecho de 537 quilômetros da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol 1), ligando as cidades de Ilhéus e Caitité, na Bahia. O valor da outorga foi de R$ 32,7 milhões, mínimo exigido no edital, e os investimentos previstos somam R$ 3,3 bilhões.