Economia

Gleisi diz que fará tudo contra preços abusivos na Copa

A ministra-chefe da Casa Civil falou especificamente dos preços na rede de hotelaria e nas passagens áreas para a o evento esportivo


	A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman: "[o Estado] vai utilizar de tudo que tem ao seu alcance para que a gente possa ter um equilíbrio nos preços", disse
 (Antonio Cruz/ABr)

A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman: "[o Estado] vai utilizar de tudo que tem ao seu alcance para que a gente possa ter um equilíbrio nos preços", disse (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 24 de outubro de 2013 às 13h40.

Brasília - A ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, disse nesta quinta-feira que o governo federal vai utilizar "tudo que tem ao seu alcance" para evitar abuso de preços na rede de hotelaria e nas passagens áreas para a Copa do Mundo de 2014. A ministra participou na manhã desta quinta da 1ª Reunião do Comitê de Acompanhamento de Preços, Tarifas e Qualidade de Serviços para a Copa do Mundo.

"Nós queremos entrar num acordo com essas empresas, ou seja, que elas possam oferecer um preço bom e justo. Se nós tivermos abuso de preço, o Estado brasileiro vai tomar as providências, sim. Vai utilizar de tudo que tem ao seu alcance para que a gente possa ter um equilíbrio nos preços", afirmou a ministra a jornalistas, após participar de cerimônia de anúncio de investimentos do Programa de Aceleração do Crescimento 2 (PAC 2) no Palácio do Planalto. A reunião do comitê ocorreu antes da solenidade do PAC.

Criado por determinação da presidente Dilma Rousseff, o comitê é composto, além da Casa Civil, pelos ministérios do Esporte, Justiça, Turismo e a Secretaria de Aviação Civil (SAC), com a participação dos ministérios da Fazenda (Receita Federal e Secretaria de Acompanhamento Econômico) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na reunião desta quinta, explicou a ministra, o Ministério do Esporte fez exposição sobre sorteio de ingressos, a tabela de jogos e a atuação da Fifa na preparação do Mundial, enquanto o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) realizou uma avaliação sobre a questão das companhias áreas e a rede hoteleira.

A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, por sua vez, apresentou levantamento dos preços nas cidades-sede. "Foi uma reunião em que nós buscamos unificar todas as informações dos diversos setores e a partir de agora agir", disse Gleisi.


De acordo com a ministra, com a realização do sorteio dos grupos da Copa, o governo vai ter uma ideia mais clara do fluxo de pessoas e da demanda por passagens aéreas e da rede hoteleira.

"Já temos alguns levantamentos prévios, mas teremos um quadro mais detalhado depois do sorteio dos ingressos da Copa. Vamos ter o sorteio agora no dia 29, e depois um sorteio no início de novembro. No início de novembro vamos saber demanda por passagens aéreas, hotéis e aí teremos condições de ter um mapa para saber como os preços vão se comportar", afirmou a ministra.

"Mas mesmo assim já estamos fazendo pesquisa de campo, consultando, conversando com a Fifa, com as empresas, porque queremos ter a certeza de que os preços praticados vão ser justos, não vão explorar o consumidor brasileiro nem estrangeiro nem o turista que vier assistir ao evento".

A ministra reiterou que o governo vai tomar "as medidas que forem necessárias" para garantir uma "boa" Copa do Mundo para o povo brasileiro e para "quem venha nos visitar".

Indagada sobre a possibilidade de ampliar a malha aérea para melhorar a oferta de voos, a ministra respondeu: "Isto está sendo analisado e conversado. A Secretaria de Aviação Civil está coordenando isso junto com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) em um trabalho de preparar nossos aeroportos e de considerar como vai ser dada a resposta à demanda que nós vamos ter por movimentação".

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