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Geller rejeita lobby na Agricultura e fala em apuração

Ministro afirmou que pode iniciar uma apuração interna para identificar se existe algum tipo de lobby favorável aos grandes frigoríficos do país na pasta

Neri Geller: ministro afirmou que não permitirá que secretarias e outros órgãos técnicos da Agricultura sejam influenciados por lobby (Wilson Dias/ABr)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de março de 2014 às 20h24.

Brasília - O novo ministro da Agricultura , Neri Geller, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que pode iniciar uma apuração interna para identificar se existe algum tipo de lobby favorável aos grandes frigoríficos do país na pasta.

A sinalização foi dada depois que o ministro foi questionado sobre a acusação do juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva, da 8ª Vara do Distrito Federal, de uma influência de grandes empresas, como a JBS, na decisão do ministério de limitar a atuação dos Entrepostos de Carnes Derivados (ECD).

O juiz anulou, em liminar, essa determinação a favor dos pequenos e médios frigoríficos filiados à Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

"Não vamos privilegiar A ou B. Vamos fazer políticas macro para o país. Não vai ter favorecimento para ninguém. Agora, se tiver qualquer privilégio, nós vamos banir isso. Não acredito que tenha, mas se houver nós vamos, com certeza, segurar isso muito firme na mão", afirmou.

AS ECDs têm como uma das principais atividades garantir para os pequenos frigoríficos, que não têm autorização para exportar, a venda ao exterior de miúdos e despojos de carne - partes que não têm mercado no Brasil, mas são bastante apreciadas na Ásia e na África.

A decisão do ministério impedia os ECDs de comercializar os produtos vindos de frigoríficos não habilitados a exportar. A venda de miúdos bovinos ao exterior movimenta cerca de US$ 300 milhões por ano.

Após conseguir a liminar, a Abrafrigo diz que o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) foi autorizado a iniciar uma auditoria com a finalidade de fechar ECDs. A decisão, segundo a entidade, favorece os grandes frigoríficos ao indicar disposição de fechar o acesso dos pequenos a um mercado internacional.

"A auditoria que está sendo gestada tem caráter de revanche e tem unicamente por objetivo liquidar o setor dos Entrepostos de Carnes e Derivados, prejudicando centenas de frigoríficos e pecuaristas, em favor de interesses escusos com forte lobby dentro do Mapa (Ministério da Agricultura", diz a entidade, em nota publicada em seu site.

O ministro afirmou ainda que não permitirá que secretarias e outros órgãos técnicos da Agricultura sejam influenciados por lobby. "Eu vou acompanhar todas as secretarias e estar cercar de pessoas competentes e compromissadas com o País", disse Geller.

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Brasília - O novo ministro da Agricultura , Neri Geller, afirmou ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, que pode iniciar uma apuração interna para identificar se existe algum tipo de lobby favorável aos grandes frigoríficos do país na pasta.

A sinalização foi dada depois que o ministro foi questionado sobre a acusação do juiz federal Antonio Claudio Macedo da Silva, da 8ª Vara do Distrito Federal, de uma influência de grandes empresas, como a JBS, na decisão do ministério de limitar a atuação dos Entrepostos de Carnes Derivados (ECD).

O juiz anulou, em liminar, essa determinação a favor dos pequenos e médios frigoríficos filiados à Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).

"Não vamos privilegiar A ou B. Vamos fazer políticas macro para o país. Não vai ter favorecimento para ninguém. Agora, se tiver qualquer privilégio, nós vamos banir isso. Não acredito que tenha, mas se houver nós vamos, com certeza, segurar isso muito firme na mão", afirmou.

AS ECDs têm como uma das principais atividades garantir para os pequenos frigoríficos, que não têm autorização para exportar, a venda ao exterior de miúdos e despojos de carne - partes que não têm mercado no Brasil, mas são bastante apreciadas na Ásia e na África.

A decisão do ministério impedia os ECDs de comercializar os produtos vindos de frigoríficos não habilitados a exportar. A venda de miúdos bovinos ao exterior movimenta cerca de US$ 300 milhões por ano.

Após conseguir a liminar, a Abrafrigo diz que o Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) foi autorizado a iniciar uma auditoria com a finalidade de fechar ECDs. A decisão, segundo a entidade, favorece os grandes frigoríficos ao indicar disposição de fechar o acesso dos pequenos a um mercado internacional.

"A auditoria que está sendo gestada tem caráter de revanche e tem unicamente por objetivo liquidar o setor dos Entrepostos de Carnes e Derivados, prejudicando centenas de frigoríficos e pecuaristas, em favor de interesses escusos com forte lobby dentro do Mapa (Ministério da Agricultura", diz a entidade, em nota publicada em seu site.

O ministro afirmou ainda que não permitirá que secretarias e outros órgãos técnicos da Agricultura sejam influenciados por lobby. "Eu vou acompanhar todas as secretarias e estar cercar de pessoas competentes e compromissadas com o País", disse Geller.

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