Gasolina só sobe em 2011 se não causar risco à inflação, diz Tendências
Consultoria avalia que o cenário mais provável é de congelamento até o fim do ano
Da Redação
Publicado em 28 de julho de 2011 às 14h21.
São Paulo – Apesar dos pedidos da Petrobras, o governo federal só deve elevar o preço da gasolina neste ano se um dos dois cenários a seguir se concretizar nos próximos meses. A análise é do sócio da Tendências Consultoria Juan Jensen.
Cenário 1
Surge um choque de preços (alimentos, por exemplo) que dispara os índices de inflação, tornando impossível o cumprimento da meta, cujo teto é de 6,50%.
Nesse caso, o governo pode jogar a toalha e autorizar o reajuste da gasolina. Porém, é claro, terá que retomar o aperto monetário para não correr o risco de também perder a meta em 2012.
Cenário 2
A crise internacional se agrava, joga as economias desenvolvidas para a recessão e cria um efeito deflacionário no mundo, via commodities e produtos industrializados.
Nesse caso, que seria muito parecido com o fim de 2008, a inflação recua no Brasil e permite que o governo libere o reajuste da gasolina sem preocupação com o cumprimento da meta.
Como a Tendências Consultoria projeta pequena probabilidade de que esses dois cenários venham a acontecer, Juan Jensen acredita que a gasolina continuará congelada neste ano. “O governo deve empurrar o problema (do reajuste da gasolina) para 2012”, prevê o economista.
Mesmo sem alterar o valor do combustível, a Tendências avalia que o governo não vai cumprir a meta, encerrando o ano com inflação acumulada de 6,6%.
Na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira (28), o Banco Central (BC) manteve a previsão de reajuste de 4% da gasolina neste ano.
Isso não significa que os diretores do BC têm informações privilegiadas de que a Petrobras vai alterar o preço do combustível, congelado desde 2009. Na verdade, essa alta pode ser simplesmente reflexo da elevação dos preços do etanol (a gasolina vendida nos postos tem 25% de etanol anidro).
A presidente Dilma Rousseff já avisou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que não quer reajustar o valor da gasolina para preservar o cumprimento da meta de inflação. A Petrobras, sem autonomia, sai perdendo.
São Paulo – Apesar dos pedidos da Petrobras, o governo federal só deve elevar o preço da gasolina neste ano se um dos dois cenários a seguir se concretizar nos próximos meses. A análise é do sócio da Tendências Consultoria Juan Jensen.
Cenário 1
Surge um choque de preços (alimentos, por exemplo) que dispara os índices de inflação, tornando impossível o cumprimento da meta, cujo teto é de 6,50%.
Nesse caso, o governo pode jogar a toalha e autorizar o reajuste da gasolina. Porém, é claro, terá que retomar o aperto monetário para não correr o risco de também perder a meta em 2012.
Cenário 2
A crise internacional se agrava, joga as economias desenvolvidas para a recessão e cria um efeito deflacionário no mundo, via commodities e produtos industrializados.
Nesse caso, que seria muito parecido com o fim de 2008, a inflação recua no Brasil e permite que o governo libere o reajuste da gasolina sem preocupação com o cumprimento da meta.
Como a Tendências Consultoria projeta pequena probabilidade de que esses dois cenários venham a acontecer, Juan Jensen acredita que a gasolina continuará congelada neste ano. “O governo deve empurrar o problema (do reajuste da gasolina) para 2012”, prevê o economista.
Mesmo sem alterar o valor do combustível, a Tendências avalia que o governo não vai cumprir a meta, encerrando o ano com inflação acumulada de 6,6%.
Na ata do Copom divulgada nesta quinta-feira (28), o Banco Central (BC) manteve a previsão de reajuste de 4% da gasolina neste ano.
Isso não significa que os diretores do BC têm informações privilegiadas de que a Petrobras vai alterar o preço do combustível, congelado desde 2009. Na verdade, essa alta pode ser simplesmente reflexo da elevação dos preços do etanol (a gasolina vendida nos postos tem 25% de etanol anidro).
A presidente Dilma Rousseff já avisou o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que não quer reajustar o valor da gasolina para preservar o cumprimento da meta de inflação. A Petrobras, sem autonomia, sai perdendo.