Gasolina: Mas na média nacional o valor médio do litro vendido nos postos do Brasil passou de R$ 6, 664 (Busakorn Pongparnit/Getty Images)
Agência O Globo
Publicado em 28 de janeiro de 2022 às 21h50.
Última atualização em 28 de janeiro de 2022 às 21h55.
O preço máximo da gasolina vendida pelos postos no Brasil rompeu pela primeira vez a barreira dos R$ 8 nesta semana, de acordo com dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Segundo a agência, o valor máximo encontrado nesta semana foi de R$ 8,029 no Rio de Janeiro - na semana anterior o teto era de R$ 7,99. Em Minas Gerais, o maior preço chegou a R$ 7,698.
Em terceiro lugar, aparece o Paraná, com valor máximo de R$ 7,660. No Acre, o litro chega a R$ 7,60. Em seguida, vem a Bahia, com o maior preço do Nordeste, onde a gasolina custa até R$ 7,540.
Mas na média nacional o valor médio do litro vendido nos postos do Brasil passou de R$ 6, 664, entre os dias 16 e 22 de janeiro, para R$ 6,658 nesta semana (entre os dias 23 e 29 de janeiro). É uma queda de 0,09%.
No caso do diesel, o valor médio do litro ficou quase igual, de R$ 5,582, na semana passada, para os atuais R$5,586.
Mas, segundo fontes do mercado, a tendência é de alta nos preços.
Com o valor do petróleo no mercado internacional acima dos US$ 88, vem aumentando a defasagem de preços dos combustíveis vendidos pela Petrobras.
A Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) avalia que a estatal já tem defasagem de 9% na gasolina em relação ao mercado internacional, o que significaria a necessidade de um reajuste de R$ 0,29, em média, por litro na refinaria.
O último reajuste da Petrobras ocorreu no dia 12 de maio, quando o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,09 para R$ 3,24 por litro, uma alta de 4,85%. Assim, desde janeiro de 2021, o preço da gasolina acumula alta de 77,04%.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras teve alta de R$ 3,34 para R$ 3,61 por litro. Assim, desde janeiro do ano passado, o diesel já subiu 78,71% nas refinarias.
Para os especialistas, nem mesmo a iniciativa dos governadores, que decidiram congelar por mais dois meses o valor de referência do ICMS, será capaz de impedir novo aumento do valor cobrado nas bombas.