G20 apoia plano para sanear bancos espanhóis
Após constatar que as eleições gregas não dissiparam as dúvidas dos mercados, o prêmio de risco disparou até os 574 pontos básicos
Da Redação
Publicado em 22 de junho de 2012 às 15h38.
Los Cabos - O G20 apoiará em sua declaração final após a cúpula de Los Cabos, no México, o plano para recapitalizar as instituições financeiras da Espanha, que viveu um dia negro nos mercados nesta segunda-feira, quando o prêmio de risco do país atingiu altas históricas.
''Estamos convencidos de que a situação atual de penalização dos mercados que estamos sofrendo hoje não corresponde nem com os esforços nem com a potencialidade da economia espanhola, e que isso é algo que será reconhecido nos próximos dias ou nas próximas semanas'', disse pouco antes de começar a cúpula o ministro da Economia, Luis de Guindos.
Após constatar que as eleições gregas não dissiparam as dúvidas dos mercados, o prêmio de risco disparou até os 574 pontos básicos e o bônus espanhol a dez anos ficou em 7,15%, De Guindos quis deixar claro que ''Espanha é um país solvente'' e que mantém seu compromisso com a redução do déficit público e as reformas estruturais.
Este é a mensagem que defenderá o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no plenário da cúpula que reúne as principais economias do mundo e os países emergentes, onde defenderá também que a União Europeia (UE) promova uma maior integração fiscal e bancária.
Seu desejo foi registrado na minuta de conclusões da cúpula, no qual os parceiros do euro se comprometem a ''melhorar o funcionamento dos mercados financeiros e romper a vinculação entre o risco bancário e o risco soberano''.
Segundo o texto, o G20 apoia que a zona do euro dê ''passos concretos para uma arquitetura financeira mais integrada, combinando a supervisão bancária, a liquidação e capitalização (das instituições), e um seguro de depósitos'', eixos do que seria, segundo a Espanha, a desejada união financeira da eurozona.
''Damos as boas-vindas ao plano da Espanha para recapitalizar seu sistema bancário'', acrescentou o documento.
De Guindos considerou que a Espanha corrigiu seus principais ''desequilíbrios'', no âmbito imobiliário e bancário, e se mostrou convencido de que os esforços realizados começarão a dar frutos em breve.
O ministro não revelou se o governo adotará algumas das reformas propostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como a alta do IVA e os impostos especiais.
De Guindos, que se reuniu em Los Cabos com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, disse apenas que o governo ''olha com atenção e considera'' todas as recomendações que recebe de diferentes organismos internacionais, como o FMI, a Comissão Europeia e a OCDE.
Entre os pontos positivos da economia espanhola, o ministro destacou sua capacidade de crescimento, a força de suas empresas, o superávit comercial com a zona do euro e a rápida redução do déficit exterior, até chegar a uma situação ''praticamente de equilíbrio''.
De Guindos acredita que do G20 sairá uma mensagem ''muito conclusiva'' em prol da correção dos desequilíbrios e das reformas econômicas, não só na Europa, pois agora seria iniciada uma etapa de desaceleração da economia mundial que afetaria também os Estados Unidos e os países emergentes.
Esta noite, Rajoy participará de uma reunião com o presidente americano, Barack Obama, e os sócios europeus membros do G20: a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e do Reino Unido, David Cameron.
Também estarão na reunião o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.
Los Cabos - O G20 apoiará em sua declaração final após a cúpula de Los Cabos, no México, o plano para recapitalizar as instituições financeiras da Espanha, que viveu um dia negro nos mercados nesta segunda-feira, quando o prêmio de risco do país atingiu altas históricas.
''Estamos convencidos de que a situação atual de penalização dos mercados que estamos sofrendo hoje não corresponde nem com os esforços nem com a potencialidade da economia espanhola, e que isso é algo que será reconhecido nos próximos dias ou nas próximas semanas'', disse pouco antes de começar a cúpula o ministro da Economia, Luis de Guindos.
Após constatar que as eleições gregas não dissiparam as dúvidas dos mercados, o prêmio de risco disparou até os 574 pontos básicos e o bônus espanhol a dez anos ficou em 7,15%, De Guindos quis deixar claro que ''Espanha é um país solvente'' e que mantém seu compromisso com a redução do déficit público e as reformas estruturais.
Este é a mensagem que defenderá o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, no plenário da cúpula que reúne as principais economias do mundo e os países emergentes, onde defenderá também que a União Europeia (UE) promova uma maior integração fiscal e bancária.
Seu desejo foi registrado na minuta de conclusões da cúpula, no qual os parceiros do euro se comprometem a ''melhorar o funcionamento dos mercados financeiros e romper a vinculação entre o risco bancário e o risco soberano''.
Segundo o texto, o G20 apoia que a zona do euro dê ''passos concretos para uma arquitetura financeira mais integrada, combinando a supervisão bancária, a liquidação e capitalização (das instituições), e um seguro de depósitos'', eixos do que seria, segundo a Espanha, a desejada união financeira da eurozona.
''Damos as boas-vindas ao plano da Espanha para recapitalizar seu sistema bancário'', acrescentou o documento.
De Guindos considerou que a Espanha corrigiu seus principais ''desequilíbrios'', no âmbito imobiliário e bancário, e se mostrou convencido de que os esforços realizados começarão a dar frutos em breve.
O ministro não revelou se o governo adotará algumas das reformas propostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), como a alta do IVA e os impostos especiais.
De Guindos, que se reuniu em Los Cabos com a diretora-gerente da instituição, Christine Lagarde, disse apenas que o governo ''olha com atenção e considera'' todas as recomendações que recebe de diferentes organismos internacionais, como o FMI, a Comissão Europeia e a OCDE.
Entre os pontos positivos da economia espanhola, o ministro destacou sua capacidade de crescimento, a força de suas empresas, o superávit comercial com a zona do euro e a rápida redução do déficit exterior, até chegar a uma situação ''praticamente de equilíbrio''.
De Guindos acredita que do G20 sairá uma mensagem ''muito conclusiva'' em prol da correção dos desequilíbrios e das reformas econômicas, não só na Europa, pois agora seria iniciada uma etapa de desaceleração da economia mundial que afetaria também os Estados Unidos e os países emergentes.
Esta noite, Rajoy participará de uma reunião com o presidente americano, Barack Obama, e os sócios europeus membros do G20: a chanceler alemã, Angela Merkel; o presidente francês, François Hollande, e os primeiros-ministros da Itália, Mario Monti, e do Reino Unido, David Cameron.
Também estarão na reunião o presidente do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso.