Economia

França quer encerrar produção de petróleo e gás no país até 2040

Apesar dos planos, que incluem deixar de garantir licenças para exploração, o país continuará a importar e refinar petróleo

Petróleo: a decisão é amplamente simbólica, uma vez que a França produz apenas 6 milhões de barris de hidrocarbonetos por ano (John Moore/Getty Images)

Petróleo: a decisão é amplamente simbólica, uma vez que a França produz apenas 6 milhões de barris de hidrocarbonetos por ano (John Moore/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 6 de setembro de 2017 às 14h26.

Paris - A França planeja aprovar uma legislação neste ano para acabar com toda a exploração e produção de gás e petróleo em seu território e em seus domínios ultramarinos até 2040, tornando-se o primeiro país a tomar uma medida como essa, segundo um projeto preliminar apresentado nesta quarta-feira.

O presidente Emmanuel Macron quer tornar a França um país neutro em carbono até 2050, e o plano para conter as emissões de gases do efeito estufa é abandonar os combustíveis fósseis, culpados por contribuir com o aquecimento global.

Segundo o projeto preliminar, apresentado em encontro ministerial, a França não irá mais garantir licenças para exploração. E a prorrogação de concessões atuais será gradualmente limitada até que elas se encerrem em 2040, quando o país pretende também acabar com as vendas de veículos a diesel e gasolina.

Mas a decisão é amplamente simbólica, uma vez que a França produz apenas 6 milhões de barris de hidrocarbonetos por ano, o que representa apenas 1 por cento de seu consumo.

A França continuará a importar e refinar petróleo.

O ministro da Ecologia, Nicolas Hulot, disse após o encontro ministerial que a decisão mostra o comprometimento da França com as metas para combater a mudança climática e que o país quer convencer outros a segui-lo.

A lei pode afetar companhias como a petroleira francesa Total, que embora tenha descontinuado a exploração de petróleo em território francês, tem licenças para explorar áreas em territórios ultramarinos, como a costa da Guiana Francesa. A empresa não comentou imediatamente.

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