Economia

Fragmentação do Parlamento Europeu dificulta reformas, diz Moody's

O relatório destacou que o resultado pode antecipar as eleições na Itália e aumenta a pressão contra Macron na França

UE: o resultado das eleições dificulta o avanço da agenda de reformas na região, diz Moody's (Yves Herman/Reuters)

UE: o resultado das eleições dificulta o avanço da agenda de reformas na região, diz Moody's (Yves Herman/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 29 de maio de 2019 às 16h16.

São Paulo - A agência de classificação de rating Moody's avalia que o aumento da fragmentação do Parlamento Europeu após a eleição realizada na última semana torna mais difícil o avanço da agenda de reformas na região. Entretanto, a instituição pontua em relatório que o resultado eleitoral é de forma geral neutro para a nota de crédito da União Europeia.

"Os resultados eleitorais da UE são amplamente neutros em termos de crédito para os Estados membros, já que não esperamos uma reversão na integração da UE alcançada até hoje ou uma mudança nas políticas gerais que governam a UE e a zona do euro", diz Kathrin Muehlbronner, vice-presidente sênior da Moody's.

O documento destaca que o forte resultado alcançado pela Lega na Itália amplia o risco de eleição antecipada no país, mas observa que a incerteza política já está incorporada ao atual rating italiano. Em relação à França, a Moody's ressalta que o resultado da eleição aumenta a pressão sobre o presidente Emmanuel Macron, "mas é improvável que altere o compromisso do governo em implementar seu programa de reformas".

No Reino Unido, o fraco desempenho eleitoral dos partidos trabalhistas e conservadores, pontua a Moody's, provavelmente fará com que eles revisitem sua posição sobre o Brexit. "A combinação desse resultado e a renúncia doa primeira-ministra Theresa May aumentam a probabilidade de um Brexit sem acordo."

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesMoody'sUnião Europeia

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor