Fracasso em leilão evidencia falta de previsão, diz analista
Leilões públicos para concessões viárias do Programa de Investimentos em Logística do governo não tiveram interessados
Da Redação
Publicado em 20 de setembro de 2013 às 20h04.
São Paulo - O fracasso do primeiro leilão público para concessões viárias do Programa de Investimentos em Logística do governo, sem nenhum postulante na jornada de ontem, evidencia a "falta de previsão", declarou neste sábado à Agência Efe o arquiteto e analista viário AC Cegonha.
"Esse vazio em relação aos interessados se deve à falta de previsão do governo , que não tornou as licitações de algumas vias atrativas e desprezou os investidores, já que muitos deles não confiam em ter o governo como sócio", opinou o analista.
O primeiro leilão, para a concessão da estrada BR-262, que une as cidades de Belo Horizonte (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo), não teve postulante, enquanto essa falta de interessados, segundo a edição on-line do jornal "Folha de S. Paulo", teria causado o descontentamento da presidente Dilma Rousseff.
Para Cegonha, "o governo tinha que ter previsto que a licitação em questão não era atrativa, já que os preços dos pedágios colocados (pouco mais de US$ 6 por carro) não poderiam ser redeuzidos e a via, com pouco tráfego de caminhões, se concentra basicamente nos pequenos automóveis durante os fins-de-semana".
O governo, que mantém as datas para outros sete leilões ainda neste semestre, pretende repetir a oferta de ontem e reavaliar os estudos prévios.
Cegonha comentou que, o fato do governo não ter investido o suficiente nessas vias nos ultimos anos, "também é considerado como um fator de alto risco", tendo em vista que os investidores podem desconfiar: porque o governo quer investir agora?".
A concessão para a administração de outra das estradas federais, a BR-050, que liga os estados de Minas Gerais e Goiás, contou com oito ofertas de consórcios interessados.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou como uma "surpresa" a falta de interesse e atribuiu a situação a um problema de "natureza política".
Após o fracasso do primeiro leilão, o ministro dos Transportes, César Borges, indicou que o governo pode reabri-lo ou eliminá-lo do plano logístico.
"Não estou frustrado. Saímos empatados. Vamos seguir adiante agora porque queremos ser vitoriosos e o programa é importante para o país", declarou Borges.
Um artigo do jornal citado apontou que nos últimos 12 meses os gastos públicos em estradas foram de R$ 8,5 bilhões, um valor 17,47% a menos que o registrado em 2010.
A estrada em questão, por exemplo, tinha aprovado R$ 294,2 em investimentos, dos quais só R$ 1,3 milhão foram executados.
São Paulo - O fracasso do primeiro leilão público para concessões viárias do Programa de Investimentos em Logística do governo, sem nenhum postulante na jornada de ontem, evidencia a "falta de previsão", declarou neste sábado à Agência Efe o arquiteto e analista viário AC Cegonha.
"Esse vazio em relação aos interessados se deve à falta de previsão do governo , que não tornou as licitações de algumas vias atrativas e desprezou os investidores, já que muitos deles não confiam em ter o governo como sócio", opinou o analista.
O primeiro leilão, para a concessão da estrada BR-262, que une as cidades de Belo Horizonte (Minas Gerais) e Vitória (Espírito Santo), não teve postulante, enquanto essa falta de interessados, segundo a edição on-line do jornal "Folha de S. Paulo", teria causado o descontentamento da presidente Dilma Rousseff.
Para Cegonha, "o governo tinha que ter previsto que a licitação em questão não era atrativa, já que os preços dos pedágios colocados (pouco mais de US$ 6 por carro) não poderiam ser redeuzidos e a via, com pouco tráfego de caminhões, se concentra basicamente nos pequenos automóveis durante os fins-de-semana".
O governo, que mantém as datas para outros sete leilões ainda neste semestre, pretende repetir a oferta de ontem e reavaliar os estudos prévios.
Cegonha comentou que, o fato do governo não ter investido o suficiente nessas vias nos ultimos anos, "também é considerado como um fator de alto risco", tendo em vista que os investidores podem desconfiar: porque o governo quer investir agora?".
A concessão para a administração de outra das estradas federais, a BR-050, que liga os estados de Minas Gerais e Goiás, contou com oito ofertas de consórcios interessados.
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, considerou como uma "surpresa" a falta de interesse e atribuiu a situação a um problema de "natureza política".
Após o fracasso do primeiro leilão, o ministro dos Transportes, César Borges, indicou que o governo pode reabri-lo ou eliminá-lo do plano logístico.
"Não estou frustrado. Saímos empatados. Vamos seguir adiante agora porque queremos ser vitoriosos e o programa é importante para o país", declarou Borges.
Um artigo do jornal citado apontou que nos últimos 12 meses os gastos públicos em estradas foram de R$ 8,5 bilhões, um valor 17,47% a menos que o registrado em 2010.
A estrada em questão, por exemplo, tinha aprovado R$ 294,2 em investimentos, dos quais só R$ 1,3 milhão foram executados.