Economia

Fórum Econômico: 'América Latina irradia estabilidade para o mundo'

Ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, participou de debate do Fórum e defendeu maior integração regional, "sem largar as responsabilidades individuais"

Antônio Patriota destacou que a paz e a estabilidade política na América Latina habilitam a região para um papel cada vez mais central no mundo (Cristiano Mariz/VEJA)

Antônio Patriota destacou que a paz e a estabilidade política na América Latina habilitam a região para um papel cada vez mais central no mundo (Cristiano Mariz/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 28 de abril de 2011 às 16h04.

São Paulo - No debate oficial de abertura do encontro deste ano do Fórum Econômico Mundial, que começou nesta quinta-feira (28) no Rio de Janeiro, especialistas discutiram o papel que a América Latina deve ocupar no cenário global durante a próxima década. Para Moisés Naim, membro do conselho mundial de mídia do Fórum, a região "irradia estabilidade para o resto do mundo".

Entre os debatedores, houve consenso quanto ao fato de que o grupo de países latino-americanos vai ocupar um lugar central, tanto na política, quanto na economia mundial. Na opinião do ministro brasileiro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, esta posição privilegiada tem múltiplas causas. "A América Latina é uma história de sucesso cada vez mais convincente", afirmou.

Dentre as razões listadas pelo ministro, estão o fato de que a democracia é predominante na região e o de que a estabilidade política garante paz entre os países. "Não mantemos um arsenal de armas de destruição em massa, somos uma região pacífica", disse. Patriota também destacou algo que colocou a região no centro das atenções do mundo nos últimos anos: "escapamos da crise".

Regionalismo

Para o ministro Patriota, há um sentimento crescente no Brasil de que o futuro do país está ligado ao de seus vizinhos na América Latina. Ele enfatizou que a região deve se preocupar em aprofundar seus laços, "sem negar as responsabilidades individuais".

"Nosso maior risco é o que eu chamo de falha sistêmica, ou seja, cada organização ou país cuidando de seus próprios interesses. Isto não pode acontecer, e o Brasil está preocupado em criar um sistema que funcione", declarou.

Conselho de segurança

Durante o debate, José Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), enfatizou a posição de liderança do Brasil, e defendeu a entrada do país no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

"A presença do Brasil ia fortalecer o conselho e melhorar sua capacidade de reação. A América Latina precisa estar lá representada. E, para isto, entendo que seu maior país seria o melhor representante", disse. Ele defendeu também a expansão de cadeiras no Conselho de Segurança da ONU, o que possibilitaria entrada da Índia e eventualmente de outro país da América Latina. 

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