Economia

Focus mantém previsão de alta do PIB em 2021 e reduz para 2022

O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador

Bandeira do Brasil no Rio de Janeiro (Cesar Okada/Getty Images)

Bandeira do Brasil no Rio de Janeiro (Cesar Okada/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de outubro de 2021 às 09h43.

Última atualização em 11 de outubro de 2021 às 13h46.

O Relatório de Mercado Focus divulgado na manhã desta segunda-feira, 11, mostrou manutenção na previsão para a mediana para Produto Interno Bruto (PIB) de 2021 em 5,04%, mesma estimativa de quatro semanas atrás. Para 2022, a previsão de expansão do PIB passou de 1,57% para 1,54%. Quatro semanas atrás estava em 1,72%.

Considerando apenas as 28 respostas nos últimos cinco dias úteis a estimativa para a PIB no fim de 2021 passou de 5,09% para 5,01%. Para 2022, foram feitas 28 atualizações nos últimos cinco dias, com a estimativa avançando de 1,55% para 1,49%.

Para 2023, a projeção de crescimento permaneceu em 2,20%, de 2 30% há um mês. Já para 2024, a estimativa baixou de 2,50% para 2 46%, ante 2,50% de quatro semanas atrás.

O Banco Central deixou de publicar, no documento do Focus, as projeções para a produção industrial, devido à pouca quantidade de respostas para esse indicador.

Déficit primário

O Focus também mostrou hoje que a projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2021 passou de 60,95% para 60,90%. Há um mês, estava em 61 00%. Para 2022, a expectativa passou de 62,95% para 62,80%, ante 62,60% de um mês atrás.

O relatório trouxe ainda alteração na relação entre o déficit primário e o PIB este ano, que passou de 1,50% para 1,40%. No caso de 2022, a estimativa foi mantida em 1,00%. Há um mês, os porcentuais estavam em 1,53% e 1,10%, respectivamente.

Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2021 passou de 5,75% para 5,70%, conforme as projeções dos economistas do mercado financeiro. Para 2022, variou de 6,36% para 6,35%. Há quatro semanas, essas relações estavam em 6,10% e 6,05%, nesta ordem.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro mantiveram a projeção para a balança comercial em 2021 na pesquisa Focus, de superávit comercial de US$ 70,00 bilhões. Um mês atrás, a previsão era de US$ 71,00 bilhões. Para 2022, a estimativa de superávit seguiu em US$ 63,00 bilhões, mesmo montante previsto há um mês.

Recentemente, o governo diminuiu a estimativa para o saldo comercial em 2021 de US$ 105,3 bilhões para US$ 70,9 bilhões. Ainda assim, o número permanece 34,3% superior ao de 2020.

No caso da conta corrente do balanço de pagamentos, a previsão contida no Focus para 2021 foi de déficit de US$ 2,00 bilhões para US$ 3,00 bilhões, ante US$ 1,58 bilhão de um mês antes. Para 2022, a projeção de rombo nas contas externas passou de US$ 18,55 bilhões para US$ 19,50 bilhões. Um mês atrás, o déficit projetado era de US$ 18,10 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o resultado deficitário nestes anos. A mediana das previsões para o IDP em 2021 foi de US$ 50,50 bilhões para US$ 51,00 bilhões. Há um mês, estava em US$ 51,15 bilhões. Para 2022, a expectativa continuou em US$ 62,00 bilhões, ante US$ 60,50 bilhões de um mês antes.

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