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FMI recomenda que China lidere defesa do livre-comércio

Nos últimos meses, país revogou restrições no setor automobilístico e abriu o mercado para a carne bovina de França e Irlanda

FMI: fundo projetou crescimento de 6,6% da economia da China em 2018 e de 6,4% para o próximo ano (Yuri Gripas/Reuters)
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EFE

Publicado em 26 de julho de 2018 às 20h06.

Washington - O Fundo Monetário Internacional ( FMI ) recomendou nesta quinta-feira que a China lidere a defesa do livre-comércio e do multilateralismo global em meio às crescentes tensões protecionistas provocadas pelo governo dos Estados Unidos.

"No atual contexto, a China deveria ter um papel de liderança para mostrar que é um defensor do livre-comércio pelos seus próprios interesses", afirmou o chefe da missão do FMI na China, James Daniel, em entrevista coletiva em Washington.

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O diretor do FMI parabenizou o presidente Xi Jinping pelo "firme compromisso" com o comércio global, especialmente depois de Pequim ter afirmado que vai trabalhar para importar mais produtos que sejam competitivos e necessários para o país.

"A participação da China no comércio internacional e nos investimentos, à medida que sua economia de rápido crescimento se integra mais com o mundo, ressalta a importância de o governo chinês defender o sistema de comércio internacional", disse Daniel.

Nos últimos meses, a China revogou restrições no setor automobilístico, abriu o mercado para a carne bovina de França e Irlanda e anunciou uma ampliação dos segmentos econômicos que podem receber investimentos estrangeiros no país.

"O pacote recentemente anunciado de políticas de abertura do governo chinês está na direção correta e pedimos que as reformas nessa área sejam aceleradas", ressaltou o diretor do FMI.

No relatório publicado em neste mês sobre as perspectivas econômicas globais, o FMI projetou um crescimento de 6,6% da economia da China em 2018 e de 6,4% para o próximo ano.

Por outro lado, o FMI alertou que o prolongamento das atuais tensões comerciais provocadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, com a China pode reduzir o Produto Interno Bruto (PIB) global em meio ponto percentual em 2020.

Além de elogiar o governo chinês pela abertura, Daniel destacou as reformas promovidas por Xi para reduzir os riscos do sistema financeiro do país.

O FMI, no entanto, alertou que a China ainda precisa aumentar os gastos sociais e aprovar uma reforma da Previdência. As medidas, aponta a organização, apoiariam o consumo e reduziriam a desigualdade social no país.

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