Economia

FMI rebaixa previsão de crescimento dos EUA para 2,2%

No reporte, o FMI defende, além disso, um aumento do salário mínimo nos EUA para diminuir a crescente desigualdade


	PIB: "É um argumento claro para prosseguir com uma alta gradual de taxas de juros por parte do Federal Reserve"
 (Christopher Furlong/Getty Images)

PIB: "É um argumento claro para prosseguir com uma alta gradual de taxas de juros por parte do Federal Reserve" (Christopher Furlong/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 22 de junho de 2016 às 14h01.

Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) rebaixou nesta quarta-feira as perspectivas de crescimento dos EUA para 2,2% em 2016, contra os 2,4% previstos em abril, como consequência da incerteza global e da fraqueza do setor energético.

"É um argumento claro para prosseguir com uma alta gradual de taxas de juros por parte do Federal Reserve", apontou o Fundo em sua revisão anual da economia americana sobre o ritmo de ajuste monetário por parte do banco central.

No reporte, o FMI defende, além disso, um aumento do salário mínimo nos EUA para diminuir a crescente desigualdade, e alerta para a redução significativa da produtividade e saída de trabalhadores no mercado de trabalho como riscos para o crescimento a médio prazo.

A classe média americana se reduziu a seu menor tamanho nos últimos 30 anos, de acordo com a organização internacional.

Outros elementos que contribuíram para este leve rebaixamento das perspectivas foram a alta do dólar em 2015, de mais de 15%, o que encareceu as exportações americanas, e a queda dos preços do petróleo, que provocou um declive no investimento das empresas energéticas.

Em entrevista coletiva, a diretora-gerente do Fundo, Christine Lagarde, ressaltou que a primeira economia mundial, EUA, se encontra "em boa forma", com um crescimento superior a 2% e uma taxa de desemprego menor do que 5%.

No entanto, apontou para a necessidade de reformar o sistema migratório para impulsionar a produtividade, e oferecer mais benefícios aos trabalhadoras como uma licença maternidade remunerada, algo que, ressaltou Lagarde, "os EUA é o único país avançado que não garante".

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