Economia

FMI questiona índice de inflação da Argentina

Prazo de 180 dias para que o país ajustasse a medição venceu ontem

Há suspeitas de que os governos do ex-presidente Néstor Kirchner e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, manipulam o indicador (Getty Images)

Há suspeitas de que os governos do ex-presidente Néstor Kirchner e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, manipulam o indicador (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 14 de janeiro de 2012 às 16h21.

Buenos Aires - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou que nos próximos dias vai avaliar o índice de inflação elaborado pelo Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec) da Argentina. Há suspeitas de que os governos do ex-presidente Néstor Kirchner (2003-2007) e de sua mulher e sucessora, Cristina Kirchner, manipulam o indicador.

O organismo destacou que "não serão aplicadas sanções contra a Argentina". No entanto, também indicou que não descarta a avaliação de "medidas baseadas nas recomendações que farão os integrantes da diretoria (do Fundo)".

Nos últimos anos, o Fundo fez várias críticas ao sistema do Indec. Mas, em julho passado, o governo Kirchner - representado pelo então ministro da Economia, Amado Boudou, atual vice-presidente -, comprometeu-se com representantes do FMI a "melhorar" e "normalizar" as estatísticas, especialmente as relativas à inflação.

O prazo de 180 dias dado pelo Fundo para que o governo argentino comece a aplicar as recomendações dadas por duas missões técnicas do Fundo venceu ontem. Nesse período, o governo Kirchner não apresentou nenhuma medida para a "normalização" dos índices.

Ao longo de 2011, o governo da presidente Cristina deixou de lado o tom de confronto utilizado durante anos com o FMI. No ano passado, quando foi reeleita, Cristina Kirchner - pela primeira vez desde que o kirchnerismo chegou ao poder em 2003 - não utilizou slogans contra o FMI numa campanha eleitoral. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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