Economia

FMI está prestes a liberar US$ 3,9 bilhões para a Argentina

Trata-se do décimo terceiro acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno do país à democracia em 1983; reembolso é previsto apenas de 2026 a 2034

Alberto Fernández, presidente argentino, cumprimentando a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva (AFP/AFP Photo)

Alberto Fernández, presidente argentino, cumprimentando a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva (AFP/AFP Photo)

A

AFP

Publicado em 20 de setembro de 2022 às 06h52.

Última atualização em 20 de setembro de 2022 às 06h53.

Técnicos do Fundo Monetário Internacional (FMI) e da Argentina chegaram a um acordo sobre a segunda revisão do programa econômico do país sul-americano, abrindo o caminho para que Buenos Aires receba cerca de 3,9 bilhões de dólares, informou a entidade nesta segunda-feira (19).

O acordo técnico agora será analisado pela diretoria do FMI "nas próximas semanas", disse o FMI.

O Fundo aprovou em 25 de março um programa de ajuda para a Argentina no total de 44 bilhões de dólares a 30 meses.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo toda manhã no seu e-mail. Cadastre-se na newsletter gratuita EXAME Desperta.

"O exame se concentrou na atualização do marco macroeconômico e nas medidas implementadas para reforçar sua estabilidade e permitir um crescimento duradouro e inclusivo. Neste contexto, combinou-se que os objetivos previstos durante a negociação do plano permanecessem inalterados para 2023", declarou, por sua vez, o chefe da missão para a Argentina, Luis Cubeddu, citado em nota.

Embora o Fundo admita uma revolução no contexto econômico mundial, destaca que "a pressão do mercado está se dissipando e as previsões de crescimento permanecem inalteradas".

A Argentina viveu duas trocas de ministros da Economia nos últimos meses, uma pasta que agora é encarregada de Sergio Massa, que no último 12 de setembro foi ao FMI para se reunir com a diretora-gerente, Kristalina Georgieva.

"A maior parte dos objetivos do programa previstos para 2022 foi cumprida, devido a um aumento das importações", afirmou Cubeddu.

A Argentina se comprometeu com o FMI a aumentar suas reservas internacionais e reduzir o déficit fiscal, de 3% do Produto Interno Bruto em 2021 a 2,5% este ano, 1,9% em 2023 e 0,9% em 2024.

Trata-se do décimo terceiro acordo entre o FMI e a Argentina desde o retorno do país à democracia em 1983.

O acordo prevê um reembolso apenas de 2026 a 2034, se para então a Argentina cumprir os objetivos, um dos quais é fixar seu crescimento sustentado no longo prazo (após os 10,3% de 2021).

LEIA TAMBÉM:

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaFMI

Mais de Economia

‘Problema dos gastos no Brasil não é ter os pobres no Orçamento’, diz Simone Tebet

Plano Real, 30 anos: Gustavo Loyola e as reformas necessárias para o Brasil crescer

Governo sobe previsão de déficit de 2024 para R$ 28,8 bi, com gastos de INSS e BPC acima do previsto

Mais na Exame