Economia

FMI espera que Venezuela elimine distorções cambiais

A desvalorização do bolívar, de 4,30 a 6,30 unidades por dólar, entrou em vigor na quarta-feira, como uma medida do governo para aliviar o déficit fiscal


	FMI: o FMI espera que a Venezuela "tome mais ações para reduzir as vulnerabilidades econômicas".
 (AFP/ Saul Loeb)

FMI: o FMI espera que a Venezuela "tome mais ações para reduzir as vulnerabilidades econômicas". (AFP/ Saul Loeb)

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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 14h09.

Washigton - O Fundo Monetário Internacional (FMI) saudou nesta quinta-feira a desvalorização da moeda da Venezuela como uma tentativa positiva para reduzir os desequilíbrios macroeconômicos, mas pediu a Caracas para continuar eliminando as distorções cambiais.

"Saudamos as medidas anunciadas pelas autoridades venezuelanas (...) que podem ajudar a reduzir os desequilíbrios macroeconômicos", disse o porta-voz da entidade, Gerry Rice, em coletiva de imprensa.

A desvalorização do bolívar, de 4,30 a 6,30 unidades por dólar (de quase 32%), entrou em vigor na quarta-feira, como uma medida do governo para aliviar o déficit fiscal (16% do PIB), já que o Estado receberá mais bolívares pelas vendas de petróleo que respondem por 96% das divisas que recebe.

Desde 2003, a Venezuela controla estritamente o câmbio estabelecido pelo governo de Hugo Chávez, em uma tentativa de frear a fuga de capitais, e desde então, a moeda foi desvalorizada cinco vezes pelo Executivo.

"Acreditamos que é possível fazer mais e estimulamos às autoridades a continuar com seus esforços para remover todas as distorções do sistema de câmbio", disse Rice.

O FMI espera que a Venezuela, cujo presidente se encontra hospitalizado em Cuba desde dezembro por causa de uma recaída do câncer, "tome mais ações para reduzir as vulnerabilidades econômicas, melhorar o clima de negócios" e alcançar um crescimento econômico sustentável, acrescentou.

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