Economia

FMI e pesquisa eleitoral são as expectativas de hoje

Se os investidores continuarem com as mesmas expectativas de ontem (01/08), o mercado de câmbio deve ter uma sexta-feira relativamente tranqüila. Algumas notícias derrubaram a cotação do dólar na quinta-feira, que fechou a 3,14 reais (baixa de 9,51%). Mesmo que esse valor ainda seja muito alto, está mais próximo de um patamar mais realista, ainda […]

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2008 às 11h13.

Se os investidores continuarem com as mesmas expectativas de ontem (01/08), o mercado de câmbio deve ter uma sexta-feira relativamente tranqüila. Algumas notícias derrubaram a cotação do dólar na quinta-feira, que fechou a 3,14 reais (baixa de 9,51%). Mesmo que esse valor ainda seja muito alto, está mais próximo de um patamar mais realista, ainda que pessimista.

As primeiras notícias vieram dos Estados Unidos. Pela manhã, um porta-voz do Fundo Monetário Internacional declarou que um novo acordo poderia se estender até 2003, apesar de afirmar ser necessário o apoio dos candidatos à Presidência. O FMI não citou nem prazos para a liberalização do empréstimo, nem falou em valores.

No final da tarde, veio a declaração que mais ajudou a derrubar o dólar: Paul ONeill, secretário do Tesouro americano -- que no início da semana disse que era contra um novo empréstimo ao Brasil -- voltou atrás e colocou-se a favor de um acordo entre o país e o FMI. Além disso, ONeill não poupou elogios ao governo brasileiro. O mercado adorou.

Em Washington, seguem as negociações entre a missão brasileira, chefiada por Amaury Bier, secretário do Ministério da Fazenda, e o FMI.

No Brasil, as expectativas de melhora na atuação do candidato José Serra (PSDB/PMDB) podem continuar influenciando o dia de hoje. Ontem, no meio da tarde, rumores sobre uma pesquisa do Vox Populi invadiram os mercados. Serra teria números mais favoráveis que seu principal concorrente, Ciro Gomes (da Frente Trabalhista) -- o qual teria caído. Ainda são rumores, mas como a razão da crise é a desconfiança em relação a Ciro e Luis Inácio Lula da Silva (PT), um resultado melhor de Serra é a notícia que pode influenciar os mercados mais positivamente.

Entretanto, é preciso cuidado. Apesar das declarações do governo americano, os detalhes do acordo ainda não são conhecidos e, apesar dos fortes rumores, é possível que Serra continuem em grande desvantagem em relação a Ciro. Isso significa que ainda pode haver mais flutuações da moeda americana.

Bolsas

A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) fechou em queda de 0,03% em 9759 pontos. Em Nova York, o clima foi de pessimismo com novos dados negativos sobre a recuperação econômica. O Dow Jones - Índice que mede a variação das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - fechou em queda de 2,63% (a 8506,6 pontos), e a Nasdaq - bolsa que negocia ações de empresas de alta tecnologia e informática em Nova York - caiu 3,63% (a 1280,00 pontos).

Hoje, na Bovespa, a Telemar divulga os números do segundo trimestre deste ano, após o fechamento do mercado. No dia 6 de agosto a empresa fará uma teleconferência para detalhar o resultado.

Indicadores de hoje

No Brasil, poucas previsões. Não serão divulgados índices. O Banco Central realiza mais uma operação conjugada de venda de títulos pós-fixados (LFT, Letras Financeiras do Tesouro) com troca de títulos cambiais (NTN-D, Notas do Tesouro Nacional, série D) por contratos de swap cambial.

Nos Estados Unidos, serão divulgados a taxa desemprego do mês de julho (mercado espera em torno de 5,9%, a mesma do mês de junho). Outro indicador importante para medir o desempenho da economia americana que será divulgado hoje é o volume dos pedidos às industrias (em junho). Sairão ainda o nível da renda pessoal.

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