Economia

FMI avalia hoje se inflação continua manipulada na Argentina

Órgão se reúne para avaliar se Argentina conseguiu melhorar credibilidade dos seus dados depois de receber uma moção de censura em fevereiro

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, e Christine Lagarde, presidente do FMI (Pablo Porciúncula/AFP/Chip Somodevilla/Getty Images)

Cristina Kirchner, presidente da Argentina, e Christine Lagarde, presidente do FMI (Pablo Porciúncula/AFP/Chip Somodevilla/Getty Images)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 9 de dezembro de 2013 às 12h46.

São Paulo - O dia de hoje será decisivo para a relação entre Argentina e o Fundo Monetário Internacional (FMI), que está estremecida há meses por causa da suspeita de manipulação dos números de altas de preços.

Em fevereiro, o FMI emitiu uma moção de censura contra o governo argentino criticando o cálculo da inflação e recomendando que uma reforma fosse feita na metodologia. Hoje é o dia do veredicto.

Os dados estatísticos da Argentina têm sido questionado por economistas há anos, mais exatamente desde que o ex-presidente Kirchner retirou algumas pessoas de cargos chave do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do governo em 2007. 

Em 2008, o INDEC parou de publicar o índice nacional para focar apenas no Índice de Preços da Grande Buenos Aires.

As estatísticas oficiais registraram uma inflação de 10,8% na Argentina em 2012, menos da metade dos 25,6% estimados por consultorias privadas.

Em uma reunião hoje, o órgão vai avaliar a validade do novo Índice de Preços Nacional, que abarcaria as 23 províncias e já foi apresentado pelo governo argentino.

Há cerca de um mês, Christine Lagarde, diretora do FMI, disse que a Argentina estava fazendo progresso mas se recusou a antecipar qual seria a avaliação final.

A Argentina saldou em 2005 sua dívida com o FMI por 9,5 bilhões de dólares e, desde então, não aceita a supervisão de suas contas por parte do organismo.

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