Economia

FMI aprova reformas da Grécia, mas as vê pouco "específicas"

Christine Lagarde destacou a "forte resolução" em áreas como "a evasão fiscal e a corrupção" por parte das novas autoridades de Atenas


	Christine Lagarde sobre proposta grega: "acho que cobre os amplos temas que deveriam estar na agenda do novo governo da Grécia"
 (Mandel Ngan/AFP)

Christine Lagarde sobre proposta grega: "acho que cobre os amplos temas que deveriam estar na agenda do novo governo da Grécia" (Mandel Ngan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 24 de fevereiro de 2015 às 14h29.

Washington - A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, deu nesta terça-feira sua aprovação à lista de reformas entregue pelo governo da Grécia aos demais membros da União Europeia para ampliar seu financiamento, que qualificou como "integral", mas "não muito específico".

"Acho que cobre os amplos temas que deveriam estar na agenda do novo governo da Grécia", afirmou Lagarde em carta enviada ao presidente do Eurogrupo, o holandês Jeroen Dijsselbloem.

Por um lado, ela destacou a "forte resolução" em áreas como "a evasão fiscal e a corrupção" por parte das novas autoridades de Atenas. No entanto, a chefe do FMI advertiu que, "em outras áreas, incluindo algumas das talvez mais importantes, a lista não oferece claras garantias de que o governo espera promover as reformas apresentadas".

Entre elas, Lagarde mencionou a ausência de "compromissos claros" em matéria de reforma de aposentadorias e do IVA (imposto sobre valor agregado), assim como no que diz respeito a reformas administrativas, de privatizações e do mercado de trabalho.

A carta de Lagarde foi publicada depois que os ministros de Finanças e de Economia da zona do euro deram previamente seu sinal verde à lista de reformas entregue pelo governo grego, o que permite prorrogar definitivamente em quatro meses a ajuda financeira à Grécia.

Com este sinal verde, será liberado o pagamento da última parcela de 1,8 bilhão de euros que faltava do programa de resgate financeiro do país e tornará possível a transferência de 1,9 bilhão de euros que a Grécia reivindica ao Banco Central Europeu (BCE) pelo rendimento dos bônus de sua dívida.

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