Economia

FMI aprova política monetária do Brasil

Na opinião do alto funcionário do FMI, com este relaxamento progressivo da política monetária o Brasil está preparado para crescer cerca de 3% nos próximos anos

Eyzaguirre ressaltou que um enfraquecimento moderado do crescimento na China "não deveria ser um problema" (Robert Giroux/FMI)

Eyzaguirre ressaltou que um enfraquecimento moderado do crescimento na China "não deveria ser um problema" (Robert Giroux/FMI)

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Da Redação

Publicado em 13 de abril de 2012 às 16h25.

Washington - O diretor para o Hemisfério Ocidental do Fundo Monetário Internacional (FMI), Nicolás Eyzaguirre, disse nesta sexta-feira em entrevista à Agência Efe que a decisão do Brasil de diminuir as taxas de juros para fortalecer o crescimento são acertadas.

"Ao desfazer parte do ajuste de políticas monetárias macroprudenciais de 2010 e 2011 o Brasil fez o adequado, porque foram duras", disse o responsável pela América Latina no FMI em referência às medidas monetárias do país para conter o superaquecimento da economia.

O Governo reduziu as taxas de juros três vezes nos últimos seis meses, até 9,75%, e o Banco Central afirmou prever que as taxas de juros chegarão a "mínimos históricos" este ano no país.

Na opinião do alto funcionário do FMI e ex-ministro de Finanças chileno, com este relaxamento progressivo da política monetária o Brasil está preparado para crescer cerca de 3% nos próximos anos.

Eyzaguirre lembrou que o desvio de fluxos de capital a países emergentes e os riscos inflacionários vinculados a estas dinâmicas levaram países como o Brasil a aplicar medidas monetárias para "evitar o crescimento excessivo do crédito que freou o crescimento em alguns locais".

Apesar disso, a América Latina cresceu, já que ao contrário de mercados maduros como a União Europeia ou Estados Unidos, a economia de subcontinente está muito vinculada à Ásia, que teve uma evolução positiva.

Eyzaguirre ressaltou que um enfraquecimento moderado do crescimento na China "não deveria ser um problema".

Na opinião do funcionário do FMI, em um hipotético episódio de instabilidade e de saída de capitais de mercados emergentes seria recomendável lançar mão de políticas de liquidez, para "apertar o crédito". 

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