O iuane, moeda da China (AFP)
Da Redação
Publicado em 19 de agosto de 2015 às 21h50.
Washington - O Fundo Monetário Internacional (FMI) anunciou nesta quarta-feira que estendeu por nove meses a anunciada revisão de sua cesta de moedas, dando assim mais tempo a uma possível inclusão da moeda chinesa.
O FMI adiou para o dia 30 de setembro de 2016 a atualização quinquenal da cesta que formam os Direitos Especiais de Saque (DES), prevista para 31 de dezembro deste ano.
A revisão avalia o desempenho das quatro moedas da cesta: o dólar, o euro, o iene e a libra esterlina. Na próxima revisão, espera-se que o FMI decida se incluirá também o iuane, como foi pedido pela China, a segunda maior economia do mundo.
No dia 4 de agosto, o FMI disse que o iuane ainda não estava o suficientemente ajustado para poder compor a cesta, sobretudo no que faz com que a divisa seja "livremente usável" nas finanças internacionais.
Um alto funcionário do FMI disse, entretanto, que a instituição esperava mudanças no iuane até novembro, quando a direção discutiria a inclusão da moeda na cesta.
Uma semana depois, Pequim desvalorizou a sua moeda, deixando que ela flutue em uma faixa cambial. Para o FMI, essa é uma condição fundamental para as moedas que compõem o DES.
O FMI não mencionou diretamente o iuane em sua desaceleração nesta quarta-feira, afirmando que a extensão do prazo foi uma resposta "aos usuários dos DES que desejam evitar mudanças na cesta de moedas antes de fechar o calendário deste ano".
"A prorrogação permitirá também aos usuários dar-lhes tempo para ajustar-se à eventualidade de que uma outra moeda se some à cesta dos DES", diz a nota.
Os DES são um ativo de reserva internacional criado pelo FMI para complementar as reservas internacionais oficiais dos países-membros. Por isso, o FMI concede seus empréstimos avaliados em DES.
A diretora-gerente do FMI, Christine Lagarde, disse no ano passado que a questão do iuane não é "se" será incluído na cesta, mas "quando".