Economia

Fluxo cambial é negativo em US$ 460 mi no mês até dia 21

O resultado foi formado por um fluxo comercial de US$ 1,175 bilhão e por um saldo financeiro positivo de US$ 715 milhões


	Tulio Maciel: "em dezembro diversos países emergentes tiveram movimento de saída no final do ano", disse
 (Wilson Dias/ABr)

Tulio Maciel: "em dezembro diversos países emergentes tiveram movimento de saída no final do ano", disse (Wilson Dias/ABr)

DR

Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2015 às 12h44.

Brasília - O chefe do Departamento Econômico do Banco Central, Tulio Maciel, apresentou nesta sexta-feira, 23, dados parciais para o fluxo cambial do mês até o dia 21.

Segundo ele, a diferença total entre ingressos e saídas de dólares do País deixou um saldo negativo, no período, de US$ 460 milhões. Esse resultado foi formado por um fluxo comercial de US$ 1,175 bilhão e por um saldo financeiro positivo de US$ 715 milhões.

Maciel ainda detalhou os números de câmbio contratado. Exportações totais no período somaram US$ 9,063 bilhões; ACC, US$ 2,179 bilhões; PA, US$ 1,739 bilhão; e US$ 5,144 bilhões em demais.

As importações somaram US$ 10,237 bilhões, o que deixou um saldo negativo em US$ 1,175 bilhão no fluxo comercial.

No financeiro, o saldo positivo de US$ 715 milhões foi formado por vendas de US$ 34,558 bilhões e compras de US$ 33,843 bilhões.

Saída de recursos

O Brasil experimentou, em dezembro de 2014, um movimento de saída de capital estrangeiro investido em ações de empresas e títulos da dívida pública. O montante atingiu US 9 bilhões, segundo Maciel.

"Em dezembro diversos países emergentes tiveram movimento de saída no final do ano", disse. "Boa parte dos recursos já voltaram", afirmou.

Segundo Maciel, houve o retorno de US$ 6 bilhões até 21 de janeiro, sendo US$ 1,257 bilhão em ações de empresas. Em dezembro, a saída de capital estrangeiro sobre ações de empresas somou US$ 601 milhões.

Posição vendida

De acordo com Maciel, a posição vendida dos bancos, em janeiro até o dia 21, é de US$ 28,671 bilhões. Em dezembro, essa posição estava vendida em US$ 28,261 bilhões.

Segundo ele, essa posição elevada reflete maior demanda de dezembro por dólares, mas que esse movimento é sazonal. "É sazonal, tem movimentação mais ampla no último mês do ano e os leilões de linha não afetam a posição vendida", explicou.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarMercado financeiroMoedas

Mais de Economia

Banco Central estabelece regras para reuniões com agentes do mercado financeiro

Produção industrial sobe 4,1% em junho, maior alta desde julho de 2020

Governo Lula aperta regra e trava R$ 47 bi em gastos dos ministérios até setembro; entenda

Petrobras anuncia alta de 7,1% no preço do querosene de aviação

Mais na Exame