Economia

Fitch rebaixa rating da Argentina de B para "CCC"

Classificadora de risco vê "incerteza" na aplicação de medidas para recuperar economia do país

Argentina: perspectivas da agência Fitch para a recessão do país pioraram, de queda de 1,7% para 2,5% (Clive Rose/Getty Images)

Argentina: perspectivas da agência Fitch para a recessão do país pioraram, de queda de 1,7% para 2,5% (Clive Rose/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de agosto de 2019 às 16h35.

Última atualização em 16 de agosto de 2019 às 16h38.

A agência de classificação de risco de crédito Fitch rebaixou o rating da Argentina de 'B' para 'CCC', segundo comunicado publicado pela instituição nesta sexta-feira.

De acordo com a nota, o rebaixamento reflete "elevada incerteza de políticas" após os resultados das eleições primárias de domingo, nos quais o presidente Mauricio Macri ficou 15 pontos percentuais atrás da chapa representada pelo peronista Alberto Fernández e pela ex-presidente Cristina Kirchner.

No comunicado, a Fitch revisa de 1,7% para 2,5% sua projeção de contração da economia argentina em 2019. Além disso, a agência prevê estagnação em 2020, mas vê alto nível de incerteza dada a "falta de clareza sobre políticas econômicas cruciais após as eleições".

A Fitch avalia que há "um aperto profundo das condições de financiamento e uma expectativa de deterioração do ambiente macroeconômico que aumenta a probabilidade de um calote soberano ou algum tipo de reestruturação".

Na análise da instituição, o cenário de vitória da chapa Fernández-Kirchner representa maior risco de descontinuidade das política econômicas de Macri guiadas por um programa com o Fundo Monetário Internacional (FMI).

Acompanhe tudo sobre:ArgentinaFitch

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor