Fitch: Fitch afirma que o rating do país é contido por sua alta dependência de commodities (Matt Lloyd/Bloomberg/Bloomberg)
Estadão Conteúdo
Publicado em 26 de outubro de 2017 às 15h48.
São Paulo - A Fitch reafirmou o rating de longo prazo em moeda estrangeira BBB da Colômbia, com perspectiva estável.
A agência diz que a classificação reflete a longa trajetória de políticas macroeconômicas dignas de crédito, flexíveis e consistentes, bem como pelo histórico de estabilidade macroeconômica e financeira.
Por outro lado, a Fitch afirma que o rating do país é contido por sua alta dependência de commodities, pela flexibilidade fiscal limitada e por questões estruturais em termos de baixo Produto Interno Bruto (PIB) per capita e de indicadores fracos de governança.
A Fitch sustenta que a economia colombiana deve crescer apenas 1,9% em 2017, após avançar 2% em 2016. A agência prevê que em 2018 o resultado acelere para 2,8%, com uma alta nos gastos com infraestrutura e melhora na demanda doméstica, por causa dos cortes nas taxas de juros.
A agência diz ainda que o déficit fiscal do país está em trajetória de baixa e prevê que o governo atinja sua meta de déficit fiscal do governo central de 3,6%. Avalia ainda que a meta para 2018 de 3,1% do PIB é digna de crédito, enquanto a dívida do governo geral em relação ao PIB tem se estabilizado perto de 47%.
A Fitch comenta ainda que o ciclo eleitoral legislativo e presidencial começa em março de 2018 na Colômbia, mas que não espera grandes mudanças na política macroeconômica na próxima administração, seja quem vença.
A agência aponta que um desafio crucial para o próximo governo será a implementação de um acordo de paz com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), no contexto de um ajuste fiscal, como estipulado pela lei de equilíbrio estrutural do país.