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Cai relação entre preço do etanol e gasolina em SP, diz Fipe

A relação entre os combustíveis está voltando a ficar favorável para o etanol após o reajuste da gasolina

A relação de preço entre o etanol e a gasolina passou de 68,63% para 67,85% em São Paulo após o combustível derivado de petróleo ter subido 6,6% nas refinarias (Marcos Santos/USP Imagens/Divulgação)
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Da Redação

Publicado em 14 de fevereiro de 2013 às 18h51.

São Paulo - Depois de o reajuste da gasolina chegar aos postos da capital paulista, a relação entre o preço do etanol e o do combustível derivado de petróleo diminuiu entre a quarta semana de janeiro e a primeira leitura de fevereiro. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a relação passou de 68,63% para 67,85%. A marca é a menor desde a quarta semana de novembro, quando havia atingido 67,51%. O resultado neste começo de mês também é inferior ao da primeira semana de fevereiro de 2012, que foi de 69,13%.

"Está voltando a ficar favorável e a expectativa é de que a oferta de etanol fique ainda mais vantajosa (dada a proximidade da nova safra, prevista para meados de abril)", avaliou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, em entrevista à Agência Estado.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

Altas

A gasolina subiu 6,6% nas refinarias em fins de janeiro e esse aumento chegou ao varejo. Segundo a Fipe, a alta no preço do combustível ficou cinco vezes mais intensa de uma quadrissemana para outra, saindo de 0,36%, no final do mês passado, para 1,90% na primeira leitura do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro. O preço do etanol, por sua vez, desacelerou e subiu 0,67% na primeira quadrissemana do mês, ante elevação de 0,71% no fechamento de janeiro.


A expectativa da Fipe é de que o reajuste da gasolina tenha ainda mais reflexos no IPC das próximas leituras, já que as pesquisas mais recentes (de ponta) indicam uma elevação de 3,90% no preço da gasolina e de 1,25% no do etanol este mês. "Provavelmente vai acelerar (no IPC)", disse Lima, que estima um aumento total de 4% nas bombas dos postos da capital paulista.

De acordo com a Fipe, o grupo Transportes, que capta os preços dos combustíveis, subiu 0,51% na primeira quadrissemana de fevereiro, após elevação bem menor, de 0,23% no encerramento de janeiro.

Projeções

Lima alterou sua projeção para o IPC ao final de fevereiro, de 0,49% para 0,47%, em razão do resultado menor que o esperado na inflação de alimentos. O grupo Alimentação subiu 1,53%, ante projeção de 1,60%. A mudança, destacou, também leva em consideração a alta inferior ao previsto de Despesas Pessoais. O grupo avançou 2,05%, enquanto a Fipe previa taxa positiva de 2,42%. Para o ano, contudo, a projeção de o IPC fechar em 5,40% foi mantida.

"É cedo para alterar (a previsão de 2013), apesar do impacto esperado da tarifa de energia. Ainda aguardamos outros reajustes, como o de ônibus urbano; além de novos impactos da alta dos combustíveis", justificou o economista.

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São Paulo - Depois de o reajuste da gasolina chegar aos postos da capital paulista, a relação entre o preço do etanol e o do combustível derivado de petróleo diminuiu entre a quarta semana de janeiro e a primeira leitura de fevereiro. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), a relação passou de 68,63% para 67,85%. A marca é a menor desde a quarta semana de novembro, quando havia atingido 67,51%. O resultado neste começo de mês também é inferior ao da primeira semana de fevereiro de 2012, que foi de 69,13%.

"Está voltando a ficar favorável e a expectativa é de que a oferta de etanol fique ainda mais vantajosa (dada a proximidade da nova safra, prevista para meados de abril)", avaliou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor (IPC), Rafael Costa Lima, em entrevista à Agência Estado.

Para especialistas, o uso do etanol deixa de ser vantajoso quando o preço do derivado da cana-de-açúcar representa mais de 70% do valor da gasolina. A vantagem é calculada considerando que o poder calorífico do motor a etanol é de 70% do poder dos motores a gasolina. Entre 70% e 70,50%, é considerada indiferente a utilização de gasolina ou etanol no tanque.

Altas

A gasolina subiu 6,6% nas refinarias em fins de janeiro e esse aumento chegou ao varejo. Segundo a Fipe, a alta no preço do combustível ficou cinco vezes mais intensa de uma quadrissemana para outra, saindo de 0,36%, no final do mês passado, para 1,90% na primeira leitura do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de fevereiro. O preço do etanol, por sua vez, desacelerou e subiu 0,67% na primeira quadrissemana do mês, ante elevação de 0,71% no fechamento de janeiro.


A expectativa da Fipe é de que o reajuste da gasolina tenha ainda mais reflexos no IPC das próximas leituras, já que as pesquisas mais recentes (de ponta) indicam uma elevação de 3,90% no preço da gasolina e de 1,25% no do etanol este mês. "Provavelmente vai acelerar (no IPC)", disse Lima, que estima um aumento total de 4% nas bombas dos postos da capital paulista.

De acordo com a Fipe, o grupo Transportes, que capta os preços dos combustíveis, subiu 0,51% na primeira quadrissemana de fevereiro, após elevação bem menor, de 0,23% no encerramento de janeiro.

Projeções

Lima alterou sua projeção para o IPC ao final de fevereiro, de 0,49% para 0,47%, em razão do resultado menor que o esperado na inflação de alimentos. O grupo Alimentação subiu 1,53%, ante projeção de 1,60%. A mudança, destacou, também leva em consideração a alta inferior ao previsto de Despesas Pessoais. O grupo avançou 2,05%, enquanto a Fipe previa taxa positiva de 2,42%. Para o ano, contudo, a projeção de o IPC fechar em 5,40% foi mantida.

"É cedo para alterar (a previsão de 2013), apesar do impacto esperado da tarifa de energia. Ainda aguardamos outros reajustes, como o de ônibus urbano; além de novos impactos da alta dos combustíveis", justificou o economista.

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