Economia

Fintechs moldarão concorrência no sistema financeiro, diz Ilan

Discurso foi feito em evento no BC sobre o lançamento do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift)

Ilan Goldfajn: presidente do Banco Central afirmou nesta quarta-feira que as fintechs moldarão cada vez mais o modo de concorrência no sistema financeiro nacional e global (Adriano Machado/Reuters)

Ilan Goldfajn: presidente do Banco Central afirmou nesta quarta-feira que as fintechs moldarão cada vez mais o modo de concorrência no sistema financeiro nacional e global (Adriano Machado/Reuters)

R

Reuters

Publicado em 9 de maio de 2018 às 10h22.

Brasília - O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, afirmou nesta quarta-feira que as fintechs moldarão cada vez mais o modo de concorrência no sistema financeiro nacional e global, ao falar em evento no BC sobre o lançamento do Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift).

Coordenado pelo BC, o Lift funcionará como uma pré-incubadora de projetos. Para participar da iniciativa, empresas de tecnologia, startups e estudantes universitários devem entrar no site e propor um plano de negócios que seja alinhado com um dos pilares definidos pelo BC dentro de sua agenda institucional: mais cidadania financeira, crédito mais barato, sistema financeiro mais eficiente ou legislação mais moderna.

Presente no evento, a diretora de administração do BC, Carolina Barros, afirmou que a partir daí as tecnologias necessárias ao desenvolvimento dos projetos serão fornecidas por empresas parceiras na empreitada, como Microsoft, Amazon e IBM. Em seguida, o desenvolvimento dos protótipos será acompanhado por servidores do BC, acrescentou ela.

Ilan, que não fez nenhuma menção à política monetária em seu discurso, disse ter certeza que as inovações gestadas no Lift "contribuirão para maior competição nesse mercado e ainda com potencial para aumentar sua eficiência e gerar grande valor à sociedade brasileira, tanto aos clientes quanto para os provedores de produtos e serviços financeiros".

Na véspera, o presidente do BC avaliou que a recente escalada do dólar frente ao real é normal em relação ao que vem ocorrendo no mundo e, quando questionado em entrevista à GloboNews se o cenário básico do Copom havia mudado para a semana que vem respondeu que "o importante é saber o que se tem que olhar num regime de metas da inflação".

Com isso, as taxas dos contratos futuros de juros mais curtos recuavam nesta quarta-feira, com o mercado voltando a precificar chances mais altas de que a taxa básica de juros cairá para 6,25 por cento na próxima reunião do Copom, na semana que vem.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralFintechsIlan Goldfajn

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor