Economia

Fiesp não vê sinal de recuperação da indústria

A elevação de 0,8% no Indicador de Nível de Atividade não sinaliza retomada da produção, segundo a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo


	Fiesp: "esse aumento tanto em janeiro quanto em fevereiro é reflexo da grande queda que houve em novembro e dezembro", diz representante da Fiesp
 (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: "esse aumento tanto em janeiro quanto em fevereiro é reflexo da grande queda que houve em novembro e dezembro", diz representante da Fiesp (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 31 de março de 2015 às 16h54.

São Paulo - A elevação de 0,8% no Indicador de Nível de Atividade (INA) no Estado em fevereiro ante janeiro, apesar de positiva, ainda não sinaliza uma retomada da produção, na avaliação do diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos (Depecon) da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Francini.

"Percebemos que esse aumento tanto em janeiro quanto em fevereiro é reflexo da grande queda que houve em novembro e dezembro", explicou, em nota.

O INA de janeiro foi revisado de alta de 2,9% para elevação de 5,4%, na série com ajuste sazonal, e de alta de 2,6% para elevação de 5,5%, na série sem ajuste.

Mesmo com as revisões de janeiro, Francini diz não ver "no número em si a condição de alterar a visão quanto ao desempenho da indústria para o ano de 2015, que é um mau desempenho".

A projeção da Fiesp é de uma redução de até 5% da atividade industrial de São Paulo em 2015. Para Francini, o baixo grau de confiança do empresariado ainda influencia negativamente o investimento no setor.

"Os investimentos continuam comprometidos por essa visão de futuro", afirmou, destacando o cenário macroeconômico de aumento de juros e inflação e de redução do consumo.

Câmbio

Apesar da desvalorização do real em relação ao dólar elevar a competitividade da indústria brasileira, Francini diz que ainda não é possível dimensionar o impacto da variação cambial no setor produtivo.

"Certamente o efeito é positivo, mas dimensioná-lo é mais complicado porque há esse tempo necessário para as empresas ganharem posição no mercado externo. Ou seja, é um tempo impossível de determinar. É uma coisa que vai depender do particular setor, da particular empresa", explicou.

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