Economia

Fiesp: medidas de contenção e câmbio prejudicaram o PIB

Entidade pediu uma queda maior nos juros e mais estímulo a produção para o Brasil voltar a crescer

Fiesp: "Não podemos mais perder tempo, é preciso aprofundar a queda dos juros e os estímulos à produção” (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

Fiesp: "Não podemos mais perder tempo, é preciso aprofundar a queda dos juros e os estímulos à produção” (Bia Parreiras/VIAGEM E TURISMO)

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Da Redação

Publicado em 6 de dezembro de 2011 às 17h01.

São Paulo – A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) declarou hoje, por meio de nota, que a estabilidade da atividade econômica no terceiro trimestre deste ano é fruto das medidas de contenção de demanda, adotadas pelo governo no início do ano, e da sobrevalorização cambial, que estimulou o aumento das importações.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2011, indicando estabilidade da atividade econômica no período. Em valores correntes, o PIB somou R$ 1,05 trilhão. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve crescimento de 2,1%. A expansão acumulada no ano chega a 3,2%. Já no acumulado de 12 meses, o PIB cresceu 3,7%.

“Há meses a Fiesp vem alertando a sociedade e o governo sobre os efeitos nocivos dos juros altos e da avalanche de importados que chega ao Brasil, estimulada por um real sobrevalorizado. Agora, o resultado está aí. Não podemos mais perder tempo, é preciso aprofundar a queda dos juros e os estímulos à produção”, diz a nota da entidade.

De acordo com a Fiesp, dados disponíveis do quarto trimestre já sinalizam para manutenção do desempenho da atividade econômica doméstica. A expectativa da entidade é estabilidade no crescimento do PIB no quarto trimestre ante ao trimestre imediatamente anterior. Para 2011, a Fiesp prevê um crescimento de 2,8% no PIB e, para 2012, 2,6%.

“Destaque-se que este quadro de enfraquecimento econômico é resultado das medidas de aumento de juros e restrição de crédito adotadas no final de 2010 e ao longo do primeiro semestre de 2011 e do excesso de importações. Assim, cobramos ações do governo para acelerar o processo de queda da taxa de juros, estimular a oferta de crédito e aumentar as desonerações tributárias”, finaliza a nota.

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