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FGV revisa projeção de crescimento do PIB em 2018 de 1,5% para 1,3%

"As famílias ainda estão muito endividadas e o mercado de trabalho tem uma recuperação muito gradual", afirmou pesquisadora

PIB: para 2019, o Ibre/FGV projeta avanço de 2,4% (Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de dezembro de 2018 às 18h36.

Rio - A equipe de especialistas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) baixou a projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2018 de 1,5 por cento para 1,3 por cento, após o anúncio de revisões dos dados de 2016 e 2017 por parte do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para 2019, o Ibre/FGV projeta avanço de 2,4 por cento no PIB, em seu cenário base.

Segundo a pesquisadora Silvia Matos, que apresentou os dados nesta segunda-feira, 10, em palestra durante seminário de análise de conjuntura do Ibre/FGV, quando se olha as revisões desagregadas feitas pelo IBGE, o PIB de 2017 ficou "um pouco mais benigno, não foi só agropecuária".

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Para Silvia, a tendência é o consumo das famílias ser o motor da economia em 2019. O Ibre/FGV projeta avanço de 2,5 por cento no consumo das famílias no próximo ano.

O quadro atual é desfavorável para a dinâmica de emprego e renda, mas a expectativa é que haja uma melhora gradual. As projeções do Ibre/FGV apontam taxa de desemprego ainda elevada, caindo de 12,2 por cento, conforme estimativa de 2018, para 11,9 por cento em 2019, enquanto o mercado de trabalho poderá terminar o próximo ano com de 700 mil a 800 mil empregos formais criados, ante os 406 mil esperados para este ano.

Avanço maior do consumo ainda depende da expansão do crédito, conforme Silvia. "As famílias ainda estão muito endividadas e o mercado de trabalho tem uma recuperação muito gradual", afirmou Silvia.

Após os últimos dados de inflação, o Ibre/FGV também revisou a projeção para o IPCA, índice oficial calculado pelo IBGE. Agora, os economistas do instituto estimam em 3,8 por cento a alta do IPCA em 2018 - há três meses, quando foi realizado o último seminário de conjuntura do Ibre/FGV, a projeção para o IPCA era de 4,6 por cento.

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