FGV: indústria desistiu do planejamento de longo prazo
Segundo analista, incertezas causadas pela crise financeira fez o setor focar no curto prazo
Da Redação
Publicado em 30 de novembro de 2011 às 14h20.
A indústria abriu mão do planejamento de médio e longo prazos para focar suas ações no curto prazo no que diz respeito a investimento, aumento da produção e contratação de pessoal. É o que mostra a Sondagem Industrial de novembro, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para o coordenador da sondagem, Aloísio Campelo, essa decisão da indústria foi tomada com base no cenário de incertezas provocado pela crise financeira internacional.
O setor industrial, de acordo com Campelo, está montando suas estratégias como alguém que passa por um terreno encharcado e que procura um local mais firme para dar o próximo passo. De acordo com ele, os números da sondagem divulgados hoje ilustram bem essa situação.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou estabilidade em novembro, depois de ter registrado queda de 0,4% em outubro, e interrompeu uma sequência de dez meses de recuo do indicador. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, avançou 1,5% em novembro, depois de ter ficado positivo em 0,28% em outubro.
"A boa notícia é que, embora o ICI ainda ande de lado, as expectativas melhoraram pelo segundo mês consecutivo", disse Campelo, para quem no curto prazo o pessimismo parou de aumentar e já há algum otimismo sendo formado com vista a janeiro.
O coordenador da sondagem, no entanto, afirmou que a pequena melhora observada em novembro não pode ser considerada um ponto de inflexão que vai estimular significativamente investimentos e contratação de pessoal. Para Campelo, trata-se de uma melhora centrada no curto prazo, em razão de indicadores positivos pontuais.
Nesse aspecto, destaca-se a pequena redução dos estoques, de 9 6% em outubro para 8,4% em novembro do total de 1.219 empresários pesquisados entre os dias 3 e 29 de novembro. Também apresentou melhora o nível de otimismo em relação à demanda externa, com 14,2% dos entrevistados entendendo que a procura por produtos brasileiros está mais forte do que em outubro, quando 8,8% tinham essa visão. Para Campelo, essa percepção em relação à demanda externa pode estar associada às divulgações mais recentes de índices de vendas melhores nos Estados Unidos.
O Índice de Confiança da Indústria relacionado ao emprego previsto, no período dos próximos três meses, cresceu 0,8%. A produção prevista, também no horizonte de três meses, subiu 0 3%. Mas a tendência de negócios para os próximos seis meses caiu 0,3%. "Isso mostra que a melhora no curto prazo não será suficiente para incentivar investimentos ou contratações consistentes de pessoal", reforçou Campelo.
A indústria abriu mão do planejamento de médio e longo prazos para focar suas ações no curto prazo no que diz respeito a investimento, aumento da produção e contratação de pessoal. É o que mostra a Sondagem Industrial de novembro, realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Para o coordenador da sondagem, Aloísio Campelo, essa decisão da indústria foi tomada com base no cenário de incertezas provocado pela crise financeira internacional.
O setor industrial, de acordo com Campelo, está montando suas estratégias como alguém que passa por um terreno encharcado e que procura um local mais firme para dar o próximo passo. De acordo com ele, os números da sondagem divulgados hoje ilustram bem essa situação.
O Índice de Confiança da Indústria (ICI) mostrou estabilidade em novembro, depois de ter registrado queda de 0,4% em outubro, e interrompeu uma sequência de dez meses de recuo do indicador. O Índice de Expectativas (IE), por sua vez, avançou 1,5% em novembro, depois de ter ficado positivo em 0,28% em outubro.
"A boa notícia é que, embora o ICI ainda ande de lado, as expectativas melhoraram pelo segundo mês consecutivo", disse Campelo, para quem no curto prazo o pessimismo parou de aumentar e já há algum otimismo sendo formado com vista a janeiro.
O coordenador da sondagem, no entanto, afirmou que a pequena melhora observada em novembro não pode ser considerada um ponto de inflexão que vai estimular significativamente investimentos e contratação de pessoal. Para Campelo, trata-se de uma melhora centrada no curto prazo, em razão de indicadores positivos pontuais.
Nesse aspecto, destaca-se a pequena redução dos estoques, de 9 6% em outubro para 8,4% em novembro do total de 1.219 empresários pesquisados entre os dias 3 e 29 de novembro. Também apresentou melhora o nível de otimismo em relação à demanda externa, com 14,2% dos entrevistados entendendo que a procura por produtos brasileiros está mais forte do que em outubro, quando 8,8% tinham essa visão. Para Campelo, essa percepção em relação à demanda externa pode estar associada às divulgações mais recentes de índices de vendas melhores nos Estados Unidos.
O Índice de Confiança da Indústria relacionado ao emprego previsto, no período dos próximos três meses, cresceu 0,8%. A produção prevista, também no horizonte de três meses, subiu 0 3%. Mas a tendência de negócios para os próximos seis meses caiu 0,3%. "Isso mostra que a melhora no curto prazo não será suficiente para incentivar investimentos ou contratações consistentes de pessoal", reforçou Campelo.