FGV: IGP-M deve manter taxa de 0,65% em outubro
Para o economista da FGV André Braz, a probabilidade de os índices que compõem o IGP-M registrarem taxas acima de 1% em 2011 é ínfima
Da Redação
Publicado em 9 de fevereiro de 2012 às 14h11.
São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve manter-se em 0,65% em outubro, estimou hoje (29) o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. "Pode ficar um pouco abaixo ou acima dessa taxa. Isso depende de algumas questões que ainda não estão definidas, como a cambial", disse, durante entrevista coletiva. No fechamento do ano, ele espera que a taxa fique em até 6,5%.
O economista afirmou que a probabilidade de os índices que compõem o IGP-M registrarem taxas acima de 1% em 2011 é pouco provável. Ele exemplificou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou de uma alta de 1,60% em setembro do ano passado para uma valorização de 0,74% este mês. "De jeito nenhum projetamos uma taxa nesse patamar em outubro", estimou.
Embora avalie que o cenário para o câmbio ainda não esteja definido, o economista acredita que a apreciação do dólar recente terá impacto baixo nos índices de preços, principalmente nos fechamentos de outubro. A justificativa de Braz é a de que muitas empresas e indústrias podem ter fechado contratos de transações comerciais num período em que a cotação do dólar estava abaixo do teto atingido na penúltima semana de setembro, quando a moeda norte-americana se aproximou de R$ 2,00. "Se o pico não for sustentável, terá pouca influência nos indicadores de inflação à frente. É preciso uma permanência nesse patamar, no mínimo, por 30 dias", disse.
O economista negou que tenha havido impacto decisivo da valorização recente do dólar no IGP-M em setembro, que avançou 0 65% ante 0,44% em agosto. "Isso (alta do índice) ainda não é reflexo total da variação cambial. Mostra um efeito baixo", completou. Segundo ele, os preços do grupo alimentação continuaram tendo peso importante tanto no IPA quanto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). "Os preços dos alimentos estão muito associados à volatilidade e é o que estamos constatando. Também tivemos preocupações com algumas commodities por conta de questões climáticas", disse. Em setembro, o IPC subiu 0,59% contra 0,21% em agosto.
O resultado do IGP-M ficou acima da mediana, de 0,61%, apurada em levantamento feito pelo AE Projeções com 32 instituições do mercado financeiro. A expectativa dos analistas era de que a taxa mensal ficasse entre 0,50% e 0,72%.
São Paulo - A inflação medida pelo Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) deve manter-se em 0,65% em outubro, estimou hoje (29) o economista da Fundação Getúlio Vargas (FGV) André Braz. "Pode ficar um pouco abaixo ou acima dessa taxa. Isso depende de algumas questões que ainda não estão definidas, como a cambial", disse, durante entrevista coletiva. No fechamento do ano, ele espera que a taxa fique em até 6,5%.
O economista afirmou que a probabilidade de os índices que compõem o IGP-M registrarem taxas acima de 1% em 2011 é pouco provável. Ele exemplificou que o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) desacelerou de uma alta de 1,60% em setembro do ano passado para uma valorização de 0,74% este mês. "De jeito nenhum projetamos uma taxa nesse patamar em outubro", estimou.
Embora avalie que o cenário para o câmbio ainda não esteja definido, o economista acredita que a apreciação do dólar recente terá impacto baixo nos índices de preços, principalmente nos fechamentos de outubro. A justificativa de Braz é a de que muitas empresas e indústrias podem ter fechado contratos de transações comerciais num período em que a cotação do dólar estava abaixo do teto atingido na penúltima semana de setembro, quando a moeda norte-americana se aproximou de R$ 2,00. "Se o pico não for sustentável, terá pouca influência nos indicadores de inflação à frente. É preciso uma permanência nesse patamar, no mínimo, por 30 dias", disse.
O economista negou que tenha havido impacto decisivo da valorização recente do dólar no IGP-M em setembro, que avançou 0 65% ante 0,44% em agosto. "Isso (alta do índice) ainda não é reflexo total da variação cambial. Mostra um efeito baixo", completou. Segundo ele, os preços do grupo alimentação continuaram tendo peso importante tanto no IPA quanto no Índice de Preços ao Consumidor (IPC). "Os preços dos alimentos estão muito associados à volatilidade e é o que estamos constatando. Também tivemos preocupações com algumas commodities por conta de questões climáticas", disse. Em setembro, o IPC subiu 0,59% contra 0,21% em agosto.
O resultado do IGP-M ficou acima da mediana, de 0,61%, apurada em levantamento feito pelo AE Projeções com 32 instituições do mercado financeiro. A expectativa dos analistas era de que a taxa mensal ficasse entre 0,50% e 0,72%.